Vereador será investigado por suposta compra de voto
O vereador cuiabano Domingos Sávio (PMDB) será investigado pela Justiça Eleitoral por compra de votos na campanha eleitoral de 2008. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) determinou que a 54ª zona eleitoral faça o prosseguimento da ação de impugnação de mandato proposta pelo Ministério Público Eleitoral (MPE).
Proposta em janeiro de 2008 pelo Ministério Público, a ação havia sido arquivada pelo juiz eleitoral, que alegou intempestividade. A ação foi proposta pelo MPE no dia 7 de janeiro de 2009 e, portanto, estava fora do prazo constitucional, que é de 15 dias depois da diplomação, que aconteceu no dia 17 de dezembro de 2008.
O Ministério Público recorreu ao TRE, que manteve a mesma sentença do juiz. Só no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o Ministério Público conseguiu validar a decisão.
O juízo de primeiro grau deverá agora dar prosseguimento à ação, tomando depoimentos e apurando o caso. A denúncia contra Sávio aconteceu por acaso, quando a Delegacia Especializada de Crimes Contra a Administração Pública realizou a "Ação Imediata", que apurou indícios de irregularidades na execução de contrato de prestação de serviços à administração pública estadual.
No cumprimento de mandados de busca e apreensão, foram apreendidos materiais de campanha do vereador Domingos Sávio (PMDB) e supostas listas de eleitores na residência de um dos diretores da empresa Brasserv, o empreiteiro Paulo Leão, pai da então namorada de Domingos Sávio.
O advogado do vereador, Válber Mello, disse estar tranquilo com o processo porque a Polícia Federal arquivou investigação sobre o caso por falta de provas.
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