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Política
Quinta - 28 de Outubro de 2010 às 12:07
Por: Ronaldo Couto

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A promotora de São Felix do Araguaia Maria Coeli Pessoa de Lima está sob proteção policial há um mês, desde que começou a investigar o prefeito de Novo Santo Antônio (1.063 km de Cuiabá), Valdemir Antônio da Silva (PMDB), conhecido como "Quatro Olho", por suposto crime de improbidade administrativa.

O peemedebista foi afastado pelo prazo de 90 dias, nessa terça-feira (26), pelo juiz de São Felix, acatando o pedido protocolizado pela promotora. O vice Geraldo Vitor de Freitas, conhecido como "Negão" (PTB), assumiu a prefeitura.

Gentilmente, a promotora atendeu a reportagem do Olhar Direto na noite dessa quarta-feira, depois de participar de audiências no fórum de São Felix. No início da tarde, Coeli confirmou que falaria com a imprensa e confirmou a suspeita das ameaças.

Segundo ela, as ameaças foram relatadas em depoimentos de pessoas envolvidas na apuração dos três inquéritos civis abertos contra o prefeito peemedebista. “Ele (prefeito) teria dito para diversas pessoas que iria fazer algo contra mim, caso saísse do cargo. Por isso solicitei ao gabinete de segurança a proteção policial” explicou.

Mesmo com as supostas ameaças, a promotora disse que não tem medo e vai continuar o trabalho investigativo contra o gestor de Novo Santo Antônio. Ela agradeceu o apoio que vem recebido da instituição (Ministério Público) e da Secretaria de Segurança Pública através da Polícia Militar e Polícia Civil.  

O afastamento do prefeito se fez necessário para, segundo a promotora, ter acesso a documentos, computadores e arquivo da prefeitura. O peemedebista é acusado de ter locado a própria caminhonete pelo valor de R$ 72 mil para prestar serviços à Prefeitura. A locação teria ocorrido entre os meses de janeiro a outubro de 2009.

As outras duas ações referem-se a pagamentos de empenho em nome de cinco moradores da cidade, entre eles, um servidor e dois policiais militares. O servidor público trabalha no setor de almoxarifado da Prefeitura e teve o seu nome utilizado para recebimento referente à prestação de serviços advocatícios, sendo que foi comprovado que o mesmo não tem curso superior.

O MP quer saber por que o gestor utilizou ainda, o nome do mesmo servidor, com CPF s de outras pessoas para receber diversos empenhos, pagamento de diárias, encontro de secretários, viagem para Cuiabá e serviços prestados na secretaria de Saúde.

O prefeito interino Negão já está despachando na prefeitura e solicitou uma auditoria do Banco do Brasil nas contas da prefeitura. Está prevista uma vistoria da promotora na documentação da administração. Informações dão conta que o prefeito afastado, Quatro Olho, está em Cuiabá tentando uma liminar no Tribunal de Justiça para voltar ao cargo.





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