Arenápolis News - arenapolisnews.com.br
Polícia
Sexta - 29 de Outubro de 2010 às 06:27
Por: Caroline Rodrigues

    Imprimir


Duas carretas de combustível foram apreendidas em Várzea Grande porque tinham um fundo falso dentro do tanque, utilizado pelos proprietários para furtar o produto das distribuidoras. Os veículos eram dos irmãos Valmir Farias de Andrade, 29, e Jonas Farias de Andrade, 24, que estão foragidos da Polícia. Eles têm outras 6 carretas, que podem estar equipadas com reservatórios semelhantes. Os acusados vão responder por crime ambiental, furto qualificado e estelionato.

O delegado Gianmarco Paccola explica que não há condições de prever o prejuízo causado pela dupla e nem o tempo de atuação deles. Cada reservatório tinha 3 mil litros de combustível e estima-se que o lucro dos irmãos com o golpe seja superior a R$ 1 milhão.

Paccola afirma que entrará em contato com a Polícia de São Paulo, para localizar as demais carretas dos foragidos e fazer a perícia, para confirmar a existência do mecanismo nos tanques.

As investigações foram realizadas pelo Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil. Os reservatórios clandestinos ficavam dentro do tanque e como a medição da quantidade é feita com uma régua, os criminosos conseguiam driblar a fiscalização das empresas, já que o carregamento continuava tendo o mesmo volume e o lacre intacto.

Eles eram contratados quando os caminhões tanque das distribuidoras estavam todos ocupados. Os empresários terceirizavam o transporte para os irmãos, que moram em São Paulo.

O crime foi descoberto quando uma das vítimas transferiu o conteúdo do tanque para outra carreta. A medida da régua apontou a falta de 3 mil litros de combustível em relação ao que foi carregado em São José do Rio Preto (SP), onde fica a fornecedora, que consegue comprovar o furto de R$ 60 mil.

Os caminhões foram encontrados no pátio de uma empresa, localizada nas proximidades da Rodovia dos Imigrantes. Quando as viaturas chegaram, os motoristas fugiram, deixando no veículo objetos pessoais e documentos.

A perícia técnica foi até o lugar e diagnosticou a presença do reservatório clandestino. Eles encontraram também uma espécie de "chupa cabras". O aparato é uma ferramenta caseira, que os acusados instalavam no cano de retirada do combustível.

O "chupa cabras" era rosqueado ao tubo de acesso ao material do tanque e conseguia retirar o combustível sem romper o lacre, que está ligado a um mecanismo de proteção, conhecido como "borboleta". A audácia dos acusados impressionou até mesmo os investigadores.

Em cada um dos fretes eram retirados 3 mil litros por caminhão. Como os irmãos possuem 8, é possível concluir que sejam furtados mais de 240 mil litros por semana.





Fonte: A Gazeta

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://arenapolisnews.com.br/noticia/82515/visualizar/