MP pede cassação do prefeito de Teresina por contratação irregular
O Ministério Público Eleitoral pediu, nesta sexta-feira, a cassação do prefeito de Teresina (PI), Elmano Férrer (PTB), que está no cargo há sete meses. Ele é suspeito de contratação irregular de servidores, nas eleições de 2008, durante a campanha de reeleição do prefeito Sílvio Mendes (PSDB). Férrer assumiu a prefeitura após a renúncia de Mendes, que disputa o segundo turno das eleições para o governo do Estado.
A ação pede também a inelegibilidade do candidato Sílvio Mendes, do deputado estadual eleito Luciano Nunes (PSDB), na época secretário municipal de Administração, e do ex-presidente da Fundação Municipal de Saúde, médico João Orlando Ribeiro Gonçalves.
O promotor Antônio Moura Júnior, da 1ª Vara Eleitoral de Teresina, disse que a prefeitura contratou 200 servidores em período proibido por lei. "A contratação só pode ocorrer em emergências, epidemia e catástrofe e não foi o caso. A Fundação Municipal de Saúde, na gestão de Sílvio Mendes, contratou servidores em período proibitivo", afirmou o promotor.
Devido à renúncia de Sílvio Mendes, Elmano Férrer poderá ter o mandato cassado. O secretário Municipal de Governo, João Henrique Sousa, informou que o prefeito ainda não foi notificado e que a ação é "indevida". "Ele era vice-prefeito na época e, como tal, não é responsável juridicamente por nenhum ato administrativo", disse João Henrique.
Reação
A advogada Georgia Nunes, que defende o candidato Sílvio Mendes, classificou como "factóide" os pedidos de inelegibilidade. Ela afirmou ainda que a ação eleitoral de 2008 não impede a diplomação, caso Sílvio Mendes seja eleito neste domingo.
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