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Política
Sábado - 30 de Outubro de 2010 às 09:20
Por: Romilson Dourado

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O vereador e ex-secretário de Cultura de Cuiabá Francisco Vuolo só esperou passar as eleições de 3 de outubro para anunciar planos políticos audaciosos, mesmo com as dificuldades e resistência que encontra dentro do PR, maior legenda do Estado em número de ocupantes de cargos eletivos. Ele sonha em se tornar secretário do governo Silval Barbosa, assumir o comando da sigla republicana em Cuiabá e concorrer, com respaldo do Palácio Paiaguás, à cadeira de prefeito em 2012.  As estratégias foram revelados pelo próprio parlamentar em conversa informal com um grupo de pessoas que, na semana passada, estavam reunidas numa empresa.

Vuolo é daqueles que passaram a disputar as eleições a cada dois anos. Neste pleito, ele pediu registro para concorrer a deputado estadual, mas foi barrado pela Justiça Eleitoral por causa da reprovação de suas contas ainda da campanha de 2008, quando se reelegeu vereador.

Decidiu, então, coordenar na Capital a campanha à reeleição do governador Silval, após um acerto com o presidente da Assembleia, deputado Mauro Savi, e com o presidente regional do PR, deputado federal Wellington Fagundes. O pacto seria, em caso do peemedebista ser reconduzido ao Paiaguás, viabilizar uma grande secretaria para Vuolo, de modo a testá-lo como gestor e a proporcionar a ele boa visibilidade para ser o candidato do grupo à sucessão do prefeito Chico Galindo (PTB).

O problema é que surgiram argumentos que enfraquecem Vuolo politicamente. Quando ele entrou na coordenação da campanha, Silval estava liderando as pesquisas de intenção de voto em Cuiabá e passou a perder eleitores para Mauro Mendes (PSB). Para piorar, entrou em conflitos com o coordenador-geral e que veio a ser eleito vice-governador, o progressista Chico Daltro. Vuolo cobra, por exemplo, dinheiro para pagamento de cerca de 7 mil cabos eleitorais. Como a coordenação não viu resultado prático, não entende que deva equacionar a pendência.

Numa conversa com um grupo de pessoas, Vuolo declarou que considera a Câmara Municipal pequena para seu campo de atuação. Entende que a missão como vereador já foi cumprida. Confessou que seu projeto maior é ser secretário de Estado e assumir o comando do PR da Capital, hoje sob o ex-vereador Helny de Paula. Enfatizou possuir um bom perfil para isso. Sustentou na conversa da semana passada que Helny "não tem foco" e que "está bastante distanciado do povo, principalmente depois que abandonou o mandato parlamentar para presidir o MTGás".

   Francisco Vuolo enfatizou ainda que, enquanto secretário de Cultura da gestão Roberto França, revolucionou o setor, principalmente com a propagação para o mundo do siriri e cururu. É nesse ritmo que o filho do ex-senador Francisco Vuolo (já falecido) pretende conquistar mais espaço na vida pública e acha que pode chegar a prefeito. Como há outros postulantes ao mesmo posto, inclusive dentro do PR, o anúncio antecipado de seus planos pode levá-lo a dançar antes da hora e no ritmo do siriri e cururu.
 





Fonte: RD News

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