Pai de candidato, ex-governador do Amapá critica Ficha Limpa
O ex-governador do Amapá João Capiberibe (PSB), 65, afirmou neste domingo que a judicialização das eleições "enfraquece" o processo eleitoral. Ele foi eleito senador no primeiro turno, com cerca de 130 mil votos, e ainda não teve o registro julgado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Pai do candidato ao governo Camilo Capiberibe (PSB), João disse que a Lei da Ficha Limpa "piora a democracia". "Transfere a autonomia do voto popular para os tribunais", falou.
As declarações foram dadas hoje pela manhã, quando os dois foram votar numa escola de Macapá.
João Capiberibe teve o mandato de senador cassado pelo TSE, em 2004, por compra de votos. Sua mulher, a então deputada federal Janete Capiberibe (PSB), também foi cassada.
À época, duas pessoas depuseram contra o casal, afirmando terem recebido R$ 26 para votar. Cerca de R$ 15 mil foram apreendidos com uma relação com os nomes de eleitores que teriam vendido o voto aos dois políticos. O casal sempre negou as acusações.
O ex-senador disse que seu caso é diferente de outros políticos que podem ser considerados fichas sujas.
"Meu caso é diferente do Jader Barbalho [PMDB-PA]. Eu não renunciei. Eu vou alegar que já cumpri meus oito anos", disse João, que afirmou estar confiante na vitória do filho.
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