Justiça Eleitoral registra 232 prisões e 1.452 urnas substituídas

Os Estados que apresentaram o maior índice de problemas foram o Acre (1,5%), Mato Grosso (0,9%) e Tocantins (0,8%).

O índice de troca foi considerado "pequeníssimo" pelo presidente do tribunal, Ricardo Lewandowski, em entrevista coletiva sobre o balanço das eleições.

Ele mencionou problemas de iluminação em algumas seções eleitorais por causa de fortes chuvas. Mas nenhum caso afetou o andamento da votação.

A Justiça Eleitoral contabilizou 390 ocorrências de crime eleitoral, das quais 232 terminaram em prisão. A maioria dos casos diz respeito a boca de urna e divulgação de propaganda.

CUSTO DA ELEIÇÃO

Lewandowski também apresentou dados sobre o custo da eleição neste ano. O gasto foi equivalente a R$ 3,60 por eleitor. No total, a Justiça Eleitoral consumiu R$ 490 milhões. "É um custo barato para financiar a democracia no país", afirmou.

SEGUNDO TURNO

Mais de 135 milhões de eleitores voltaram às urnas neste domingo para votar no novo presidente do Brasil: Dilma Rousseff (PT) ou José Serra (PSDB). Os eleitores de oito Estados (Goiás, Amapá, Rondônia, Roraima, Pará, Paraíba, Piauí e Alagoas) e do Distrito Federal também definirão seus próximos governadores. As urnas serão fechadas às 17h (horário de Brasília).

O presidente eleito vai comandar pelos próximos quatro anos o país considerado a oitava economia do mundo e a maior da América Latina.

Dilma chega ao dia da eleição com 55% dos votos válidos, segundo pesquisa Datafolha realizada nos últimos dois dias. Está dez pontos à frente de José Serra (PSDB), que pontuou 45%. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O Datafolha entrevistou 6.554 pessoas neste sábado, um número maior do que o de outras sondagens recentes. A pesquisa foi encomendada pela Folha e pela Rede Globo e está registrada no TSE sob o número 37903/2010.

Se confirmar nas urnas o resultado do Datafolha, Dilma será eleita a 40ª presidente do Brasil. A corrida eleitoral tem se mantido estável nos últimos 15 dias, com os dois candidatos variando apenas dentro da margem de erro do levantamento.

A eleição presidencial foi para o segundo turno porque nenhum dos candidatos obteve mais da metade dos votos válidos na primeira disputa, em 3 de outubro. Agora, vencerá aquele que tiver a maioria dos votos.

No primeiro turno, Dilma Rousseff obteve 46,91% dos votos válidos. Serra recebeu 32,61%.