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Quarta - 03 de Novembro de 2010 às 13:38

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Acidente aconteceu em setembro de 2006, no norte de Mato Grosso.
Acidente aconteceu em setembro de 2006, no norte de Mato Grosso.

A Justiça do Rio de Janeiro aumentou de R$ 50 mil para R$ 100 mil a indenização por dano moral a ser paga para as irmãs de um passageiro morto no acidente entre um Boeing da Gol e um jato Legacy, em 2006. A decisão da 4ª Câmara Cível determina que a empresa pague a quantia para cada uma das três irmãs de Marcelo Lopes.

O Tribunal de Justiça do Rio informou que ainda cabe recurso à decisão. Procurada pelo G1, a Gol ainda não retornou uma resposta.

Marcelo Lopes estava a bordo do voo 1907 que saiu de Manaus para Brasília. No entanto, quando sobrevoava o estado de Mato Grosso, o Boeing da Gol se chocou com um jato Legacy que seguia de São José dos Campos (SP) rumo aos Estados Unidos e caiu. O acidente terminou com a morte de todos os 154 passageiros que estavam na aeronave.

Valor inicial não levava em conta sofrimento

Segundo a desembargadora Mônica Tolledo de Oliveira, a determinação parcial favorável aos familiares do passageiro se deve pelo fato de um evento da magnitude de um acidente aéreo causar a sensação de uma perda abrupta a pessoas que possuem um vínculo afetivo com a vítima e estas podem sofrer pela perda da sua convivência.

Ainda de acordo com a magistrada, o valor inicial de R$ 50 mil não leva em consideração o sofrimento desses indivíduos que podem ser além de familiares, amigos e até colegas de trabalho.

Pais, filho e viúva da vítima já fizeram acordo de indenização

Inicialmente, de acordo com o processo, a pedida das irmãs era de uma indenização de R$ 190 mil. No entanto, apesar da decisão favorável ao aumento, a desembargadora considerou excessiva por esbarrar nos valores inferiores que foram transacionados entre a companhia aérea e os pais da vítima, o filho da vítima e a viúva de Marcelo.

O advogado Leonardo Amarante, que chegou a representar famílias de 65 vítimas do acidente, explica que os processos de irmãos de vítimas não estavam no acordo com a Gol. "Eu ainda cuido de seis processos de pais e companheiros de vítimas, que não aceitaram os acordos propostos por motivos diversos, e cuido de 60 processos de irmãos de vítimas, que são uma categoria paralela, já que em nenhum momento houve disposição de fazer acordos com irmãos", disse o advogado.
 






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