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Política
Quinta - 04 de Novembro de 2010 às 16:48

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O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo, Luiz Flávio Borges DUrso, divulgou nesta quinta-feira nota de repúdio às declarações de uma universitária que escreveu ofensas a nordestinos em redes sociais.

DUrso criticou as atitudes xenofóbicas contra nossos irmãos do Nordeste e destacou que as mensagens são graves especialmente vindo de uma estudante de Direito.

Não podemos tolerar atitudes xenofóbicas, racistas, preconceituosas e intolerantes nas redes sociais. Insultar ou pedir a morte de quem quer que seja, receberá nosso repúdio, especialmente vindo de uma estudante de Direito que, ao invés de buscar a paz social, por divergência política incitou outras pessoas ao ódio, cujo alvo foram os nossos irmãos do Nordeste, afirmou DUrso.

A jovem, que estuda direito em uma faculdade no centro de São Paulo, postou no Twitter e no Facebook mensagens agressivas contra quem é do Nordeste, logo após confirmada a vitória de Dilma Rousseff (PT).

Nordestino não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado!, disse ela no Twitter.

No Facebook, afirmou: Deem direito de voto para nordestinos e afundem o país de quem trabalhava para sustentar os vagabundos que fazem filho para ganhar o Bolsa 171.

As duas contas foram deletadas no começo da semana, após ela ser alvo de críticas de outros usuários das redes sociais.

A estudante também apagou seu perfil no Orkut, onde chegou a se desculpar pelas mensagens contra nordestinos.

Ela, como tantos outros internautas, responsabilizou a região pelo desempenho da petista nas urnas.

Dilma teria sido eleita mesmo sem a vantagem de 10,7 milhões de votos sobre José Serra (PSDB) no Nordeste. Sua vitória foi também impulsionada por votações expressivas no Sudeste e no Norte.

Por meio da nota, DUrso se declarou solidária à OAB pernambucana, que formaliza nesta quinta-feira pedido de abertura de ação penal contra a universitária por supostos crimes de racismo e incitação à prática de homicídio na internet.

A seccional paulista, contudo, não pretende abrir ação penal contra a jovem.

Para o presidente da OAB-SP, a reação generalizada de repúdio da sociedade brasileira deve servir de exemplo a essa estudante e aos demais usuários dos sites de relacionamentos, para que tenham responsabilidade sobre as opiniões que expressam e o que escrevem. 






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