Maggi tem maior arrecadação entre 7 que brigavam por Senado
O senador eleito com o maior número de votos da história de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), foi o candidato que teve a campanha com mais investimentos. Ao todo, o ex-governador contou com R$ 5.648.397,85 para conquistar uma cadeira no Senado. Depois de obter dois mandatos de governador e receber aprovação maciça da população sobre sua gestão, ele não teve grandes dificuldades durante a corrida eleitoral.
Apontado desde as primeiras pesquisas de intenção de voto como favorito a uma das vagas do Senado, o ex-governador recebeu 1.073.039 votos (37,08%) e fez uma campanha discreta, atuando principalmente como cabo do governador reeleito, Silval Barbosa (PMDB), e do outro candidato a senador por sua coligação, o deputado federal Carlos Abicalil (PT). Apesar da discrição, Maggi investiu quase o total de sua receita, gastando R$ 5.648.159,46 na corrida eleitoral.
Diante do favoritismo, o candidato conquistou doações de 43 empresas, principalmente da área de construção civil e do agronegócio. No entanto, o maior incremento de sua campanha foi oriundo da uma auto-doação de R$ 779,8 mil. Seus familiares mais próximos também contribuíram para o projeto. Terezinha e Belisa Souza Maggi participaram com cotas de R$ 12,9 mil cada, enquanto seu filho, André Souza Maggi, doou R$ 5,6 mil. Já Elusmar Maggi Scheffer, Eraí Maggi Scheffer e Fernando Maggi Scheffer, que também fizeram doações para a campanha de seu adversário, o senador eleito, Pedro Taques (PDT), deram R$ 22,8 mil, R$ 26,4 mil e R$ 21,1 mil, respetivamente, para o projeto do ex-governador.
Foi do próprio Maggi também a maior doação entre as pessoas jurídicas, pois a Amaggi Exportação e Importação Ltda, de sua propriedade, doou aproximadamente R$ 435,5 mil. Candidatos a cargos proporcionais de sua coligação, também contribuíram. O deputado federal reeleito Wellington Fagundes (PR) desembolsou cerca de R$ 2,2 mil, assim como o deputado estadual também reeleito Sérgio Ricardo (PR). Já o candidato Odonir Bortoloni, o Nininho (PR), que ficou apenas na suplência por uma vaga na Assembleia, foi mais generoso e contribuiu com R$ 18,8 mil.
Entre as pessoas físicas, a doação mais expressiva foi de seu primeiro suplente, José Aparecido dos Santos, o Cidinho (PR), que contribuiu com R$ 155,6 mil. A doação pode ter sido um bom investimento, já que Maggi é cotado para assumir um ministério no governo da presidente eleita Dilma Rousseff (PT), deixando a cadeira do Senado para Cidinho.
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