Grupos de traficantes estão impedindo as pessoas de circularem livremente pelas ruas do bairro de Marechal Rondon, localidade de baixa renda na periferia de Salvador (BA). Os moradores têm os passos limitados pela rixa entre traficantes de locais como Inferninho, Mangueira, Lídia Maria e Travessa Vila Lobos e são abordados por traficantes armados quando visitam outras comunidades.
"Eles procuram saber quem somos e o que estamos fazendo", conta um jovem de 18 anos que tem medo de dizer o nome. Ele mora no Inferninho e diz que não pode ir na casa de amigos na Mangueira: "os homens pensam que a gente vai buscar informações para outros traficantes".
Há 40 anos no bairro, Luiz Alberto Meneses, 58, quer se mudar: "temo pela minha família. Aqui só tem ronda à noite e eles não descem para essas localidades", reclama.
Pedro Calmon, agente do Serviço de investigação da 4ª Circunscrição Policial, unidade responsável por Marechal Rondon, disse que sempre faz operações no bairro e a rivalidade entre as comunidades é antiga.
"Atualmente, em Salvador, não existe um traficante de expressão, mas pequenos traficantes. São jovens que compram R$ 30 de crack e revendem os pedaços", disse.
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