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Educação
Segunda - 23 de Setembro de 2013 às 16:03

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O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) protocolou na manhã desta segunda-feira (23) uma contraproposta ao acordo apresentado pelo governo do estado na quarta-feira passada em tentativa de encerrar a greve da categoria, a qual já dura mais de 40 dias. Titular da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Ságuas Moraes declarou que espera se reunir com o governador para obter um posicionamento sobre a contraproposta ainda nesta segunda-feira.

 A Seduc recebeu o documento dos profissionais da educação e informou que já o encaminhou à Secretaria de Estado de Administração (SAD) e também para o governador Silval Barbosa (PMDB).

 Desde o início da greve, em agosto, professores e governo negociam os termos de um acordo. Eles reivindicam 10,4% de aumento salarial e pedem ainda que 35% do orçamento estadual seja destinado à educação, como prevê a constituição estadual. Devido aos prejuízos aos alunos da rede pública, a Justiça chegou a declarar a paralisação uma medida abusiva. Os trabalhadores exigem melhorias salariais e de condições de trabalho, como a posse de servidores já aprovados no concurso público de 2010.

 Em entrevista ao G1, o presidente do Sintep, Henrique Lopes do Nascimento, declarou que a proposta feita pelo governo na última semana foi aceita parcialmente, mas que o sindicato quer negociar datas e conseguir garantias para as pautas.

Negociações
 Como resultado da greve, o governo prometeu dobrar o poder de compra do salário, mas num processo gradativo em até dez anos a ser iniciado em 2014. Os professores, por sua vez, exigem que a medida comece a ser implementada já neste ano.

“A categoria não passou tanto tempo em greve para só receber a resposta daqui a oito meses. Queremos que o aumento seja implantado em 2013”, declarou Nascimento.

 Outra alteração proposta pelo sindicato é de que a hora atividade para os professores com contrato temporário seja paga em seus valores integrais a partir de 2014. A proposta do governo prevê que o benefício seja pago de forma parcelada em três anos.

 Além disso, segundo Nascimento, os trabalhadores da educação querem que o governo do estado determine uma data para o novo concurso e se comprometa com prazos para recuperação da estrutura de escolas estaduais espalhadas pelo estado.

“O governo afirma que 90% das escolas são novas ou passaram por reformas, mas sabemos que os problemas estruturais são generalizados. Então, queremos que eles apontem quais são as escolas que fazem parte desses 10% e o que será feito em relação a elas”, cobrou o líder sindical.

 A greve dos professores em Mato Grosso começou no dia 12 de agosto. De acordo com o Sintep-MT, mais de 90% dos 35 mil trabalhadores aderiram à paralisação. Cerca de 430 mil estudantes ficaram sem aula e o ano letivo de 2013 só deve ser finalizado em 2014, sem férias escolares aos alunos.
 





Fonte: Do G1 MT

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