Ações de banco PanAmericano desabam quase 30% na Bovespa
A ação preferencial do banco PanAmericano sofre perdas de 27,6%, sendo negociada por R$ 4,90, no pregão desta quarta-feira da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). Esse ativo é alvo de mais de R$ 60 milhões em negócios. Nos últimos 30 dias, a média de transações com o papel foi inferior a R$ 1 milhão.
Ontem à noite, o PanAmericano informou que o Grupo Silvio Santos (o principal acionista) fará um aporte de R$ 2,5 bilhões no banco. A empresa justifica a medida ao informar que foram "constatadas inconsistências contábeis".
De acordo com comunicado do banco ao mercado, o aporte será feito por meio de operação financeira contratada com o FGC (Fundo Garantidor de Créditos).
"O aporte destina-se a restabelecer o pleno equilíbrio patrimonial e ampliar a liquidez operacional da instituição, de modo a preservar o atual nível de capitalização, em virtude de terem sido constatadas inconsistências contábeis que não permitem que as demonstrações financeiras reflitam a real situação patrimonial da entidade. Assim, os ajustes que estão sendo realizados nesta data não resultarão em perda patrimonial, vez que estão sendo cobertos integralmente pelo citado aporte", informou o banco. A diretoria do PanAmericano foi substituída.
CAIXA
Em novembro de 2009, a Caixa Econômica Federal anunciou a aquisição de 35,54% do capital do banco Panamericano, de propriedade de Silvio Santos Participações Ltda. A operação foi contabilizada em R$ 739,2 milhões e envolve a aquisição da participação acionária representativa de 49% do capital social votante e de 20,69% das ações preferenciais do PanAmericano.
A negociação foi aprovada pelo Banco Central em julho deste ano, no último passo para a finalização da operação.
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