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Educação
Quinta - 11 de Novembro de 2010 às 14:34

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O procurador da República Oscar Costa Filho, autor do pedido de anulação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), disse que o exame --realizado no final de semana-- "é um trem desgovernado" que deve ser parado para evitar que "descarrilhe".

Costa Filho já havia pedido a suspensão do exame, que foi concedida na segunda-feira pela juíza federal Karla de Almeida Miranda Maia. Na prova realizada sábado (6), os cabeçalhos de todos os cartões-resposta estavam trocados. Algumas provas amarelas tinham questões repetidas ou estavam encadernados de forma errada.

Ontem, o procurador pediu que o Enem fosse cancelado definitivamente. Costa Filho se baseou em duas medidas que o MEC anunciou: a aplicação de nova prova só para quem teve problema com as provas amarelas e permitir que os candidatos digam a ordem de correção do gabarito.

De acordo com o procurador, aplicar nova prova só para algumas pessoas violaria o princípio de igualdade do concurso público. Mesmo que a TRI (teoria de resposta ao item) permita questões com nível de dificuldade equivalente, ele diz que os candidatos precisam fazer a mesma prova.

Ele também afirma que os candidatos não podem dizer como a correção deve ser feita.

Segundo Costa Filho, o ministro da Educação, Fernando Haddad, pode responder por improbidade administrativa e crime de responsabilidade por atentar contra "lisura do concurso público" caso coloque em prática as iniciativas anunciadas para corrigir algumas das falhas identificadas no primeiro dia da prova.






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