Brasil vai abrigar feira ibero-americana de ciência, afirma universidade
A próxima feira de ciências ibero-americana, a chamada Empírika, realizada a cada dois anos pela Universidade de Salamanca (Espanha), será no Brasil. O anúncio foi feito pelo reitor da universidade, Daniel Hernández, na abertura do evento, que começou nesta quinta.
A expectativa é que a edição da Empírika de 2012 seja na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), instituição que já mantém relações acadêmicas com Salamanca.
Nos próximos dias, representantes das duas universidades apresentarão um protocolo de intenções para levar o evento ao Brasil daqui a dois anos, o que, espera-se, deve atrair pesquisadores e visitantes de toda a Iberoamérica (como já acontece na Espanha).
NO MERCADO
A Empírika reúne uma série de estandes, mini-cursos e apresentações de entidades científicas de países iberoamericanos, como universidades, museus e fundações de amparo à pesquisa, com objetivo de atrair atenção da sociedade para a ciência.
A feira é dividida em duas partes. Uma é voltada ao chamado "conhecimento básico" e à divulgação de ciência (com destaque, por exemplo, para a arqueologia e o mundo animal), e a outra tem foco nas inovações resultantes de parceiras das universidades com empresas.
Talvez por causa desse foco mais "prático" e voltado ao setor produtivo, a abertura da feira contou com a participação da ministra de Ciência e Inovação da Espanha, Cristina Garmendia, que destacou a importância de divulgar as atividades de pesquisa aos jovens para estimular a carreira científica.
"Cada vez mais os conceitos de ciência e economia estão caminhando juntos", disse a ministra, que recentemente teve o termo "inovação" integrado ao nome da sua pasta no Ministério.
Já para o coordenador da feira e ex-secretário de Universidades e Pesquisa da Espanha, Miguel Ángel Quintanilla, o ponto forte da feira é justamente o seu caráter de aproximação de ciência e sociedade, o que ele considera como um processo de "cidadania".
Para Quintanilla, a sociedade deve conhecer a ciência para poder opinar sobre a atividade científica, ou seja, para ter uma postura cidadã.
A ideia é que, depois da edição do Brasil em 2012, a Empírika circule por outros países e volte para a Espanha em 2018, quando a Universidade de Salamanca, uma das mais antigas do mundo, completará 800 anos.
A jornalista Sabine Righetti viajou a Espanha a convite da organização da feira de ciências Empírika
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