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Política
Domingo - 14 de Novembro de 2010 às 00:15

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O primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, que luta pela sobrevivência de seu governo, disse neste sábado que vai pedir um voto de confiança no Parlamento depois de que o orçamento de 2011 tiver sido aprovado.

Em uma carta para os representantes de ambas as câmaras do Parlamento, Berlusconi disse que primeiro vai testar a força de sua enfraquecida coalizão no Senado e depois na Câmara.

Se ele perder em qualquer uma delas, teria que renunciar, o que aumentaria as chances de uma eleição antecipada.

O orçamento, cuja aprovação é considerada crucial para evitar o barulho dos mercados financeiros, vai para o plenário da Câmara dos Deputados na próxima semana e pode ter a aprovação final pela câmara alta logo na semana seguinte.

"O governo pretende verificar se há um voto de confiança no Senado, e logo depois na Câmara", disse Berlusconi na carta, segundo seu gabinete.

O destino do governo está em xeque desde julho, quando, após meses de brigas acaloradas, Berlusconi expulsou Gianfranco Fini, porta-voz do partido Povo da Liberdade (PDL) que o primeiro-ministro ajudou a fundar em 2008.

O episódio levou Fini a criar o seu próprio partido, tirando a maioria que Berlusconi tinha na Câmara dos Deputados e praticamente paralisando o executivo.

Fini pediu no último domingo que Berlusconi renuncie, para que uma nova coalizão de centro-direita, incluindo os centristas seja formada.

Espera-se que Berlusconi demita membros do governo na segunda-feira, ampliando o impasse com seu ex-aliado.

Berlusconi, enfraquecido por uma série de escândalos sexuais e com sua popularidade na mínima recorde de 37%, disse que não tem intenção de renunciar e quer obrigar os seus inimigos políticos a assumir a responsabilidade por um colapso do governo, votando contra ele no Parlamento.

Ele já enfrenta uma moção de confiança por parte da oposição de centro-esquerda.

Comentaristas políticos dizem que, ao chamar um voto de confiança, o ministro de 74 anos está tentando retomar a iniciativa política e afastar a possibilidade de um novo governo ser formado sem ele no comando. 






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