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Domingo - 14 de Novembro de 2010 às 15:45

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O primeiro ato público do recém-criado Fórum Teles Pires Vivo foi uma passeata pelo centro de Sinop (MT),  em protesto contra a construção da Hidrelétrica Sinop. O Fórum foi fundado por 21 movimentos sociais durante o seminário Amazônia em Debate que se realizou essa semana na cidade.

O Fórum se posiciona contra a série de hidrelétricas planejadas nos rios Teles Pires e Tapajós, da qual a UHE Sinop faz parte. Isso, por causa dos desastrosos e irreversíveis impactos sócio-ambientais para a região. Seria a morte dos rios Teles Pires e Tapajós.

A caminhada contou com a participação de aproximadamente 350 representantes das entidades e comunidades envolvidas, como pescadores, camponeses e retireiros, educadores, estudantes, além de representantes de dez povos indígenas.

Uma exigência imediata do Fórum, expressada na caminhada de hoje à tarde, é o cancelamento das audiências públicas referente à construção da hidrelétrica Sinop. As audiências foram anunciadas na semana passada e já se realizarão entre os dias 16 e 23. As entidades membros do Fórum consideram que não há tempo suficiente para que a população se informe e prepare para as audiências.
De fato, também o Ministério Público Federal entrou com ação contra as audiências, pedindo sua anulação.

Na caminhada pelo centro de Sinop, os aproximadamente 350 participantes passaram primeiro na Justiça Federal da cidade. Lá, o professor Carlos Sanches da Universidade Federal de Mato Grosso/ANDES – Pantanal entregou, em nome das entidades reunidas no Fórum, um documento ao juiz responsável Dr. Murilo Mendes, reforçando o pedido de cancelamento das audiências.

Depois a caminhada continuou à prefeitura, onde participantes tiveram uma conversa com o prefeito e o secretário do meio-ambiente. Estes expressaram que também estariam preocupados e insatisfeitos com o Estudo do Impacto Ambiental da usina. Confirmaram, ainda, que o órgão federal responsável, a Empresa de Pesquisa Elétrica (EPE) negou várias vezes esclarecer as dúvidas da prefeitura.

A passeata seguiu para o Ministério Público do Estado. Inicialmente os funcionários queriam impedir a entrada dos representantes da caminhada, insinuando que as entidades pudessem “fazer uma baderna”. Ao final, o procurador estadual recebeu dois porta-vozes e explicou que ele não era responsável pelo caso da hidrelétrica, mas um procurador de Alta Floresta. Este prometeu estar presente nas audiências públicas e, caso estas sejam canceladas, de receber representantes do Fórum para responder suas perguntas em reunião a ser agendada.

 
  
 






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