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Política
Segunda - 15 de Novembro de 2010 às 14:49
Por: Romilson Dourado

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Percival Muniz nem tomou posse para o segundo mandato na Assembleia e, com dois anos de antecedência, já articula sua candidatura a prefeito de Rondonópolis. Ele procurou o deputado federal reeleito Wellington Fagundes (PR) e o ex-vice-governador Rogério Salles (PSDB), derrotado à Câmara Federal, para tentar amarrar composições. Assim como Percival, os dois são de Rondonópolis. Wellington já tentou, sem êxito, cadeira de prefeito. Depois, lançou o filho João Antonio como vice da chapa do então prefeito Adilton Sachetti, que foi derrotado por Zé do Pátio em 2008. Salles era vice de Carlos Bezerra, assumiu a cadeira de chefe do Executivo por dois anos (94/96) e hoje tem a esposa Marília Salles como vice de Pátio.

A estratégia de Percival é aglutinar os grupos políticos em torno do seu nome. Como sua votação para deputado caiu pela metade (15.541 votos a menos) - em 2006 se elegeu com 41.719 e agora só chegou a 26.178 -, o ex-prefeito começou a se movimentar para recuperar o espaço político. Já decidiu que fará oposição mais dura ao prefeito Pátio, que caminha para concluir o segundo mandato sob forte desgaste. Pátio, por enquanto, descarta a reeleição mas, se conseguir melhorar a popularidade, pode arriscar novo teste nas urnas.
Percival tenta fazer acordos inimagináveis, tudo para reforçar seu projeto à sucessão municipal de 2012. Adiantou que gostaria de ter Salles como vice de sua chapa. Sobre Wellington, seu adversário político de vários anos, o presidente regional do PPS chegou a antecipar que apoiaria o republicano para governador, caso venha ter eleição suplementar em Mato Grosso. É que Percival, a exemplo de Mauro Mendes, derrotado ao Paiaguás, acredita que o governador reeleito Silval Barbosa (PMDB) será cassado pelo TRE no processo que apura uso da máquina em campanha, através da Empaer. Esse acordão com Wellington representa, na prática, uma traição de Percival a Mendes. Foi ele quem incentivou o empresário a trocar o PR pelo PSB, com vistas a construir uma terceira via e disputar o comando do Estado.

Wellington comentou, na semana passada, em reunião da Executiva do PR, do qual é presidente, que Percival antecipou que o apoiaria numa eleição fora de época para o governo. Não quis entrar em detalhes, mas sua observação deixou os demais do comando republicano preocupados sobre o que Wellington e Percival possam ter acertado porque, em verdade, o PR faz parte da coligação pró-Silval. A busca desenfreada de Percival pela Prefeitura de Rondonópolis, com propostas de acordo antecipadas para cooptar adversárisos do passado pode trazer desgaste a seu projeto. Nem parece que esse tipo de negociação esteja partindo de quem se mostra, nos bastidores, articulador político e acumula a experiência na vida pública de já ter sido vereador, deputado federal constituinte, prefeito e estadual reeleito.
 

 





Fonte: RD News

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