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Internacional
Sábado - 04 de Janeiro de 2014 às 07:41

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 O conflito na República Centro-Africana já provocou cerca de 1 milhão de deslocados, metade dos quais na capital Bangui, estimou hoje (3) a Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a “dramática” situação humanitária no país.
 
Segundo o porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), Babar Baloch, “o número de pessoas deslocadas dentro do país já ultrapassou 935 mil”, como resultado do conflito que matou mais de mil pessoas apenas no mês passado. “Cerca de 60% dos deslocados são crianças”, disse o porta-voz do Acnur.
 
Baloch ressaltou que o clima de insegurança vindo dos ataques contra civis e os saques na República Centro-Africana tornam cada vez mais difícil o trabalho de ajuda humanitária, especialmente os de necessidades urgentes. Em Bangui, os combates entre o grupo Séléka, com origem na minoria muçulmana e as milícias de autodefesa cristãs denominadas Anti-balaka provocaram mais de 500 mortos desde o dia 5 de dezembro.
 
Com 4,5 milhões de habitantes, a República Centro-Africana, um país pobre mas rico em recursos, mergulhou no caos desde o golpe de Estado de março passado organizado pela coligação rebelde Séléka que afastou do poder o presidente François Bozizé.
 
A onda de violência na capital começou quando as milícias Anti-balaka, partidárias de Bozizé, lançaram uma ofensiva com artilharia pesada. O exército respondeu aos ataques com o apoio ao grupo Séléka, derrubando Bozizé e declarando o líder do movimento, Michel Djotodia, como o novo presidente do país.
 
Um total de 1.600 soldados franceses e cerca de 4 mil soldados de paz africanos tentam restabelecer a ordem e restaurar a segurança na antiga colônia francesa. Desde março passado, 75 mil cidadãos da República Centro-Africana fugiram para a República Democrática do Congo, República do Congo, Chade e Camarões, onde se estima que o número de refugiados seja de 240 mil.





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