Após defender CPMF, Anastasia diz que "felizmente" governo recuou
Doze dias depois de dizer que era favorável à volta da CPMF "aperfeiçoada", o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), afirmou nesta terça-feira que "felizmente" o governo federal recuou da intenção porque "a carga fiscal de fato já é alta".
O tucano defendeu uma ampla reforma fiscal e tributária, que discuta o financiamento da saúde.
A declaração anterior do governador de Minas, reeleito em primeiro turno no mês passado, destoava dos seus colegas do PSDB de São Paulo e Paraná --respectivamente os governadores eleitos Geraldo Alckmin e Beto Richa. Anastasia tirou uma semana de férias e retornou ao trabalho hoje, com outra posição.
Ao ser questionado sobre a volta do tributo, disse: "Parece que o assunto já está encerrado de maneira clara. A posição nossa tem sido favorável a ampla reforma fiscal. Não é possível criar um tributo isoladamente. O governo federal felizmente recuou do tema, então, o tema está encerrado, felizmente, até porque a carga fiscal de fato já é alta. Nós defendemos a ampla reforma fiscal".
Ele defendeu que reforma tributária tenha "como fundamento uma redistribuição dos recursos entre os Estados e municípios", de forma que a União não concentre tantos recursos. A questão da saúde, disse ele, "deve ser discutido dentro dessa ampla reforma".
"Discutirmos um tributo isoladamente, naturalmente, isso não vai levar a nada neste momento", afirmou o governador mineiro, revendo sua posição.
Ele completou: "De fato, é um assunto encerrado, mas é bom lembrarmos que nós defendemos e voltamos a insistir muito numa ampla reforma tributária no Brasil, onde todas as políticas públicas, como saúde, educação devem ser discutidas. E, no caso de Minas, reitero, uma preocupação muito grande com a política tributária relativa aos minérios, porque nós temos problemas com os royalties, como também no ressarcimento da Lei Kandir".
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