A operação apreendeu drogas e desenvolveu mais de duas mil ações de cidadania.
Sejusp e Exército encerram Operação Cadeado na fronteira com a Bolívia

Os resultados da 6ª Operação Cadeado, realizada nos 983 quilômetros de fronteira seca e alagada que divide o Brasil e a Bolívia, foram apresentados hoje pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública e pela 13ª Brigada de Infantaria Motorizada do Exército.

A operação, que teve início no dia seis de novembro foi encerrada ontem e deflagrada nos municípios de Cáceres, Porto Esperidião, Comodoro, Pontes e Lacerda e Vila Bela da Santíssima Trindade. Foram realizadas barreiras e revistas em veículos e pessoas com o objetivo de coibir crimes ambientais, contrabando, tráfico de drogas e armas.

A operação realizou também ações cívicos sociais com a sociedade, oferecendo à comunidade atendimentos médico e odontológico. Ao todo foram realizados 1.582 atendimentos médicos e 716 atendimentos odontológicos. Os militares promoveram palestras educativas e desfiles cívicos entre outras atividades.

Durante o período em que a operação foi realizada foi registrada uma queda no número de ocorrências de diversos tipos, como furtos e brigas nos municípios. Entre as ocorrências registradas pelos militares na operação estão crimes ambientais como pesca e transporte ilegal de madeira, apreensão de entorpecentes, veículos, armas e a prisão de um casal feita pela Polícia Rodoviária Federal. Eles tentavam entrar no Brasil com US$ 38 mil dólares sem comprovação e carteira de identidade e habilitação falsa.

No rescaldo da Operação Cadeado os policiais do Gefron do posto fixo do Limão apreenderam, no domingo (14), 177, 2 quilos de cloridrato de cocaína, que é a cocaína em forma de sal, consumida pelos viciados de maneira injetável ou pela aspiração do pó. A droga foi localizada no assoalho da caçamba da caminhonete modelo Mazda, do Equador.

O veículo estava ocupado pelos quatorianos José Luis Zambrano Escalante e Lipsi Felícia de Zambrano, ambos de 29 anos. José Luis e Lipsi informaram para os policiais que a droga estava vindo do Equador e que seria levada para as maiores cidades do Brasil.

O casal disse haver participação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farcs) no transporte da droga para o Brasil. A origem da droga está sendo investigada.