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Política
Quarta - 17 de Novembro de 2010 às 08:02
Por: Laura Nabuco

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Após terem sido alvo de denúncia durante a disputa ao Palácio Paiaguás, os 238 ônibus escolares que custaram cerca de R$ 35 milhões aos cofres públicos ainda estão parados num pátio na avenida Dante de Oliveira, antiga avenida dos Trabalhadores, em Cuiabá. Os veículos foram comprados em maio e aguardavam o término do período eleitoral para serem entregues às suas respectivas cidades, mas as prefeituras terão que esperar ainda mais. Apesar de já estarem emplacados e reguarizados, os ônibus só devem começar a trabalhar a partir do ano que vem.

De acordo com a secretária estadual de Educação, Rosa Neide Sandes, o motivo do adiamento da entrega seria a compra de mais veículos. O governador Silval Barbosa (PMDB) estaria aguardando a entrega de mais 158 ônibus e ainda a liberação de recursos do Ministério da Educação para a aquisição de outras 200 unidades. Só então será feita a distribuição de toda a frota. "O governador fez um planejamento com os prefeitos e chegou-se a conclusão que para algumas cidades um ou dois ônibus acabaria sendo pouco", explicou.

Rosa disse ainda que nesta quarta (17) deve se reunir com Silval para definir o prazo de entrega de todas as unidades. A expectativa é que no final de dezembro ou início de janeiro todas as 141 cidades do Estado sejam beneficiadas com os veículo. As unidades a mais, no entanto, ainda terão que ser emplacadas e regularizadas pelo Detran. "Os ônibus que estão parados já estão emplacados e com todos os documentos necessários, mas os outros ainda não. Essa parte burocrática é a mais demorada, por isso só vamos poder dar uma resposta sobre a entrega na semana que vem", disse a secretária.

Durante a campanha eleitoral, o ex-prefeito de Cuiabá e candidato derrotado ao Paiaguás Wilson Santos (PSDB) acusou Silval, que conquistou a reeleição, de ter desviado parte dos recursos federais destinados à compra dos ônibus escolares. De acordo com o tucano, com a verba deveriam ter sido comprados 511 veículos, mas o dinheiro teria sido usado para pagamento de propinas a um ex-deputado estadual, um deputado federal, um secretário estadual e um executivo da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM) e, por isso, apenas 238 unidades foram compradas. As investigações sobre o caso estariam sendo feitas sob sigilo pela Polícia Federal.

Em resposta, a assessoria jurídica do governador ingressou com uma representação junto ao Ministério Público Federal para que as denúncias de Wilson fossem investigadas. A alegação do advogado de Silval é que a compra foi realizada pelo governo federal, que repassou o dinheiro diretamente à empresa que ganhou a licitação e, por isso, não haveria a possibildade de haver desvio da verba. A defesa do governador afirmou ainda que a quantidade de ônibus nunca foi 511, como disse o tucano, mas sim os 238 que foram comprados e que desconhecia a existência de qualquer processo sobre o suposto desvio. O advogado também apresentou uma queixa-crime contra Wilson por calúnia e difamação.





Fonte: RD News

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