Não sei nem se podemos convocar audiência pública, diz vice-reitor
O vice-reitor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), professor Francisco Souto, afirmou desconhecer se ao menos existe possibilidade da UFMT convocar uma audiência pública para debater a manutenção do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) na instituição ou alternativas.
“Não sei nem se por caráter podemos convocar uma audiência pública. Não somos uma entidade representativa. Não somos uma assembleia ou uma câmara. Isso não procede”, afirmou o professor de medicina, em entrevista exclusiva ao Olhar Direto na terça-feira (16), no prédio da reitoria da UFMT.
Francisco Souto defende que a UFMT realizou os devidos debates e votações necessárias para decidir optar pelo Sisu. De acordo com ele, o método é similar ao de vários países desenvolvidos e precisava ser adotado pelo Brasil para avançarmos na educação.
Para defender o sistema, o vice-reitor argumenta que, “até mesmo a revista Veja, oposição dura da atual situação, idealizadora do Sisu, defendeu o método de seleção unificada em uma reportagem, pontuando apenas os problemas do atual sistema”.
Ele ainda descartou a hipótese de utilizar uma segunda fase local. “Isso seria impedir a universalização do acesso, então se acaba com o objetivo do novo Enem”, salienta. “Nós escolhemos o Sisu porque acreditamos nessa ideologia”, afirmou o professor.
Segundo ele, um dos problemas do sistema é a necessidade de maior adesão. “Mas a cada vez que problemas acontecem isso fica mais difícil”, ponderou. Por outro lado, de acordo com ele, já dobraram os numera de instituições a utilizar no Sisu como método único de seleção.
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