Oscar Ribeiro diz que sigla não fará "oposição raivosa" à futura gestão no Palácio Paiaguás
DEM descarta reaproximação com o Governo de Silval

O presidente regional do DEM, Oscar Ribeiro, descartou qualquer possibilidade de o partido participar da segunda gestão do governador Silval Barbosa (PMDB). São apenas conjecturas, ilações e pensamentos altos. Não existe nada de real, declarou o dirigente, em entrevista ao MidiaNews, sobre as especulações de que os democratas estariam articulando uma reaproximação com a base aliada do Governo.

O Democratas rompeu com a gestão de Silval por um projeto com o PSDB, que defendeu a candidatura do ex-prefeito Wilson Santos (PSDB) ao Governo. Na eleição passada, o DEM obteve desempenho abaixo do esperado, elegendo apenas dois deputados estaduais (José Domingos Fraga - reeleito - e Dilmar Dal Bosco) e um federal (Júlio Campos).

Mesmo descartando qualquer tipo de participação na gestão de Silval, Oscar Ribeiro adiantou que o DEM não fará uma oposição ferrenha ou raivosa. Sempre tivemos uma posição estadista, mesmo na oposição. Saímos derrotados na disputa estadual e federal, mas vamos estar abertos para trabalhar em beneficio do desenvolvimento de Mato Grosso, disse.

O dirigente afirmou que o partido aguarda terminar o atual mandato (parte de Blairo Maggi e parte de Silval) para, em fevereiro, provavelmente, na primeira semana, a cúpula estadual se reunir com os eleitos e o senador Jaime Campos (DEM), que ainda tem quatro anos de mandato, para definir as diretrizes partidárias. O caminho a ser trilhado pelo DEM será definido nessa reunião, declarou.

Ex-aliado

O DEM foi aliado do atual Governo em duas ocasiões: em 2002, quando elegeu Blairo Maggi pela primeira vez; e em 2006, quando o republicano disputou e ganhou a reeleição.

Um dos principais artifices da aliança foi o senador Jaime Campos, que, neste ano, decidiu romper, alegando que o DEM não era reconhecido pelos governistas. Os democratas viram no projeto do PSDB, de eleger Wilson Santos governador, uma saída para aumentar sua participação no Poder.

Ao final das eleições de 3 de outubro, entretanto, os principais integrantes da cúpula do PSDB reclamaram que os democratas - a começar pelo próprio Jaime Campos - fizeram corpo mole na disputa eleitoral, não pedindo votos para Wilson Santos.