Após eleição, lideranças políticas do Estado "somem" das mídias sociais
As mídias sociais foram bastante exploradas pelos políticos durante a corrida eleitoral, mas alguns das principais "peças" das eleições deste ano mostram que estavam interessados apenas em ter maior pessoalidade com os internautas neste período. Assim, eles simplesmente desapareceram de ferramentas midiáticas, como o miniblog Twitter, por exemplo, que ajudou a disseminar muitas informações durante a escolha dos 24 novos deputados estaduais, 8 federais, 2 senadores e do governador do Estado. Entre os que concorreram ao Paiaguás, o mais "sumido" é o empresário Mauro Mendes (PSB), que perdeu a eleição para Silval Barbosa (PMDB).
A última vez que ele fez contato com os "tuiteiros" foi em 2 de outubro, um dia antes da eleição no Estado. Na oportunidade, Mendes (@mauromendesmt) pediu o apoio da população nas urnas. "Quero aproveitar e pedir a todos vocês, amigos, o seu voto. Vamos juntos fazer um Mato Grosso Melhor Pra Você!!! Lembrem-se: Mauro Mendes 40!!!", afirmou o socialista. Silval, por sua vez, apareceu pela última vez no Twitter em 28 de outubro, quando mandou duas mensagens aos internautas.
Na primeira falou sobre a batalha para obter o restabelecimento do abastecimento de gás na Bolívia e, na segunda, divulgou apenas um link sobre uma mensagem dele em favor da então candidata Dilma Rousseff (PT), eleita presidente do Brasil no último dia 31, quando ocorreu o 2º turno. O mais atuante na mídia social que mais cresce no Brasil, entre os que disputaram o Governo, é o tucano Wilson Santos. Ele ficou sumido por um período, mas no último dia 12 resolveu aparecer. "Estamos voltando moçada", afirmou o ex-prefeito de Cuiabá. Logo em seguida respondeu algumas perguntas.
Apesar de alguns políticos terem deixado de lado o Twitter, outros como a senadora Serys Marly (PT), identificada por @serys, utilizam esse tipo de ferramenta para falar de seus projetos, tecer análises sobre algumas questões polêmicas e falar sobre o seu cotidiano. Nesta quarta (17), por exemplo, a petista indicou uma reportagem, falou sobre o preconceito contra homosexuais e divulgou o cartaz da 8ª Parada da Diversidade Sexual e da Cidadania LGBT de Cuiabá. Outro que se mantém antenado e sempre faz questão de tecer comentários via Twitter é o jornalista e ex-senador Antero Paes de Barros (PSDB).
Por meio do nick @anteropaes ele elogiou nesta quarta, por exemplo, o projeto de lei do vereador por Várzea Grande Toninho do Glória, que pretende proibir sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais. Também falou sobre as discussões do aumento do salário mínimo. "Comissão de orçamento aprova mínimo de R$ 540. Centrais sindicais pedem R$ 580. Menos do que (José) Serra propunha: R$ 600. Esses sindicalistas...", ironizou o tucano.
Apesar de muitos políticos ainda não terem se acostumado a utilizar as mídias sociais, as eleições deste ano mostraram que essas ferramentas ganharam um espaço expressivo na corrida eleitoral e que possuem uma instantaneidade nunca vista para ajudar políticos a ganhar e perder votos. Assim, a tendência é que elas sejam cada vez mais aperfeiçoadas e que ganhem cada vez mais atenção das equipes de marketing dos políticos que disputam cargos eletivos.
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