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Política
Quinta - 18 de Novembro de 2010 às 23:59

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O PP gaúcho agiu rápido para abortar as especulações de que poderia integrar o governo de coalizão proposto pelo governador eleito Tarso Genro (PT). A executiva estadual do PP decidiu que o partido terá postura de independência e não ocupará cargos na administração petista.

"Vamos defender os interesses do Estado", afirmou o presidente estadual do PP, Pedro Bertolucci, ao sinalizar que o futuro governo poderá contar com votos de deputados progressistas na Assembleia Legislativa em determinadas situações. Mas, na prática, o PP fará oposição.

Foi a reação interna do PP às especulações dos últimos dias que fez com que a reunião da executiva, realizada no fim da última quarta-feira, tivesse caráter definitivo. Bertolucci estava disposto a conversar com Tarso quando este voltasse da Europa (que será no dia 22), para depois anunciar a posição dos progressistas (que seria a mesma) e cumprir o roteiro de troca de afagos da prática política.

Tanto que, na semana passada, no mesmo dia em que o governador eleito viajou para a Espanha, Bertolucci participou de uma reunião com o vice-presidente estadual do partido, Celso Bernardi, e o ex-ministro Francisco Turra, na qual a decisão de fazer oposição a Tarso ficou estabelecida. Mas, os progressistas acompanharam notícias durante dias de que poderiam integrar o governo, tese que foi reforçada a partir de declarações do deputado estadual reeleito Pedro Westphalen (PP) e do anúncio de um encontro do deputado com Tarso em Lisboa.

Na quarta, o PP oficializou sua decisão, enquanto a assessoria de Tarso no Rio Grande do Sul, divulgou nota, informando que o governador eleito também não havia feito qualquer convite aos progressistas. Não apenas no PP, mas também no PT, as notícias causaram mal-estar.

Na cúpula progressista a possibilidade foi vista desde o início como ação de progressistas que defendiam "interesses próprios" e que era inviável por pelo menos três motivos: as diferenças históricas com o PT; o fato de o PP ter disputado a eleição em uma chapa adversária, junto com o PSDB; e, ainda, a questão de que o PP gaúcho tem pretensões concretas de lançar a recém-eleita senadora Ana Amélia Lemos ao governo do Estado em 2014.

Ana Amélia, que estreou em eleições, recebeu 3,4 milhões de votos e acabou com um jejum de quase 30 anos da secção gaúcha do PP no Senado. Internamente, o planejamento até 2014 está posto desde antes da eleição, mas dependia bastante de seu resultado. Ana Amélia não admite a possibilidade abertamente, mas garante que não disputará um segundo mandato como senadora. Ela também disse que discutir sobre o Palácio do Governo seria "colocar a carroça na frente dos bois".





Fonte: Terra

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