Wellington diz que PR vai tentar prefeitura em 2012 e cita Percival
O Partido da República terá candidato a prefeito de Rondonópolis em 2012. É o que garante o deputado federal Wellington Fagundes, presidente regional da sigla. O parlamentar, que tem sua base política no municípi, localizado ao Sul do Estado, diz ser muito cedo ainda para falar sobre sucessão municipal. Admite, no entanto, que os partidos já se movimentam para discutir a sucessão de Zé do Pátio (PMDB). Diante do desgaste que o prefeito vem enfrentando, a sucessão já entrou na pauta da legenda tão logo se encerraram as eleições deste ano.
É natural no mundo político, no balanço dos pleitos, desencadearem as discussões sobre a eleição seguinte, embora uma distância de dois anos separe um do outro. Wellington analisa que as definições para 2012 passam “necessariamente” pelo desempenho do governo Silval Barbosa (PMDB). Pesa ainda a postura controvertida de Pátio na eleição estadual. “Ele ficou contra tudo e contra todos de seu partido. Vamos ver como será de agora em diante, depois que todo mundo que ele defendeu perdeu a eleição”, diz Fagundes.
Ele se refere ao fato do prefeito Zé do Pátio apoiar para o governo o ex-prefeito Wilson Santos (PSDB), para senadores os candidatos de chapas contrárias à da aliança da qual seu partido fazia parte, e da mesma forma os candidatos a deputado federal e estadual. “Isso o isolou definitivamente”, arrematou Fagundes.
E é justamente o fator Pátio que desloca o centro das atenções para a sucessão em Rondonópolis. Terceira maior cidade de Mato Grosso, Rondonópolis é celeiro de forças políticas importantes de Mato Grosso. É de lá ao menos três ex-governadores da história política recente do Estado: Carlos Bezerra (PMDB), Rogério Salles (PSDB) e Blairo Maggi (PR). Bezerra, que também foi senador, se reelegeu para deputado federal e foi prefeito da cidade. Maggi foi eleito para o Senado e Salles, que já foi prefeito, não conseguiu conquistar uma cadeira na Câmara Federal no pleito deste ano.
Os três nomes são os ícones das principais forças políticas do município. Corre por fora o deputado estadual Percival Muniz (PPS), ex-prefeito de Rondonópolis. Embora tenha sido reeleito, o socialista sai do pleito enfraquecido. Ele apostou todas as suas fichas em Mauro Mendes (PSB) para o Palácio Paiaguás. Seu candidato perdeu logo no primeiro turno e seu partido, na aventura nacional da candidatura de José Serra, saiu ainda menor do que entrou.
Até 2012, muita água deverá rolar por debaixo da ponte. Inclusive o futuro do PPS, que volta e meia aventa a possibilidade de se fundir ao PSDB, surgindo daí uma nova legenda. Outras fusões poderão surgir, como a do DEM com o próprio PSDB e PPS, ou apenas com um deles. Tudo, no entanto, vai depender do primeiro ano do governo Dilma, dos governos estaduais e da atuação do Congresso Nacional. O fato, no entanto, é que os partidos de oposição a Lula saíram muito enfraquecidos das eleições e devem tentar se recompor, de uma forma ou de outra, seja por meio de fusões, seja formando novas alianças ou se reciclando programaticamente.
Todo o desenrolar dessa conjuntura vai apontar os rumos da sucessão estadual, seja em Rondonópolis, Cuiabá ou qualquer outra cidade de Mato Grosso e do Brasil. Ocorre, entretanto, que a principal cidade do Sul do Estado tem aqueles ingredientes já mencionados e um prefeito que é mais do que uma caixa de surpresas e, paradoxalmente, previsível.
Os três maiores partidos devem lançar candidatos. Wellington Fagundes descarta concorrer. Ele cita como opções os nomes do ex-prefeito e ex-presidente da Agecopa, Adilton Sachetti, na esperança de que ele retorne ao partido, no deputado Jota Barreto, e nos vereadores Hélio Pichioni e Mohamed Zaher.
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