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Internacional
Sábado - 20 de Novembro de 2010 às 10:48

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A operação para tentar resgatar 29 homens presos em uma mina na Nova Zelândia terá de esperar até pelo menos a manhã de domingo, por causa do temor de uma nova explosão no local.

A polícia disse "estar confiante" de que os mineiros serão encontrados vivos e o primeiro-ministro neo-zelandês, John Key, afirmou que tirar os trabalhadores da mina de carvão Pike River é sua prioridade número um.

O acidente aconteceu na sexta-feira e desde então não foi possível contactar os homens presos.

Depois da realização de testes em amostras de gás coletadas no local, o comandante da polícia Gary Knowles disse que os resultados foram inconclusivos e que ele não está preparado para mandar voluntários para a mina até que fique provado que a operação é segura.

"Estamos procurando uma janela de oportunidade para irmos para debaixo da terra e tirarmos aqueles homens de lá. Continuamos confiantes e acreditamos que quando a janela de oportunidade se abrir, estaremos prontos", disse Knowles.

O premiê do país disse que seu governo está fazendo o possível para garantir que "esses 29 homens corajosos sejam retirados da mina inteiros".

"Este é um momento de extrema ansiedade para as famílias e para os mineiros. (...) A grande questão é equilibrar o resgate dos mineiros com a segurança daqueles que estiverem realizando a operação. É um momento difícil, mas estamos determinados a tirá-los de lá vivos."

EXPLOSÃO

Acredita-se que a explosão tenha ocorrido por volta das 15h30 locais (0h30 em Brasília) da sexta-feira.

Segundo a polícia, um eletricista foi até a mina às 15h50 investigar uma queda de energia e encontrou o motorista de uma escavadeira que tinha sido arremessado pela explosão a uma distância de mais de um quilômetro para dentro do poço. Ao encontrá-lo, o eletricista soou o alarme.

Especialistas em mineração dizem que a explosão pode ter sido causada por gás metano, por poeira de carvão ou por uma combinação dos dois.

Entre os homens desaparecidos, o mais jovem tem 17 anos --e estaria em sua primeira jornada de
trabalho-- e o mais velho, 62.

A maioria deles é da própria Nova Zelândia, mas há alguns australianos e britânicos entre os trabalhadores desaparecidos.

OXIGÊNIO

O presidente da Pike River, Peter Whitthall, disse que a mina é relativamente pequena e que os mineiros estariam trabalhando perto um dos outros.

Cada mineiro levava um suprimento de 30 minutos de oxigênio, o suficiente para que chegassem até depósitos de oxigênio que durariam vários dias. O telefone celular de um dos trabalhadores ainda estaria funcionando, mas ninguém atendeu as ligações.

Whittall disse ainda que há água na mina e que a temperatura lá seria de 25 graus.

Dois trabalhadores que conseguiram sair do local foram tratados em um hospital com ferimentos leves, mas já receberam alta.

Autoridades locais disseram que um deles parecia muito desorientado quando saiu. O outro conseguiu conversar e disse acreditar que uma explosão tinha feito com que ele desmaiasse por um período curto.

A mina de Pike River funciona desde 2008 e fica na costa oeste da ilha sul da Nova Zelândia, na cordilheira Paparoa, do lado oposto da antiga mina Strongman State, onde uma explosão matou 19 mineiros em 1967. 






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