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Política
Sábado - 20 de Novembro de 2010 às 12:45
Por: MARCOS LEMOS

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MidiaNews
Sérgio Ricardo consolida a liderança política e admite disputar a Prefeitura de Cuiabá
Sérgio Ricardo consolida a liderança política e admite disputar a Prefeitura de Cuiabá

Deputado estadual pela segunda vez e reeleito para um novo mandato, Sérgio Ricardo (PR) ocupa atualmente a 1ª secretaria da Assembleia Legislativa, já foi o presidente da instituição e agora se consolida como grande liderança política de Cuiabá com uma votação expressiva e sempre em ascendência.

Defensor de causas polêmicas como o fim do radar eletrônico nas ruas e avenidas que estão sendo anunciados de volta pelas administrações municipais e presidente da CPI da Saúde, o parlamentar se demonstra satisfeito por ver que a população reconhece o seu trabalho.

Ele prometeu redobrar os esforços no sentido de não permitir a volta dos "pardais", aumentar o volume de recursos para a Saúde e de ampliar ações como as de preservação ambiental e de repovoamento de peixes nos rios de Mato Grosso.

Decidido a enfrentar novos obstáculos, Sérgio Ricardo não vê empecilhos em disputar eleição em 2012 para a Prefeitura de Cuiabá ou em 2014 para o Governo do Estado. Diz que é homem de partido e de grupo político, portanto não faz ações sozinho e em busca de proveito próprio, e sim da maioria.

Confira a entrevista do deputado Sérgio Ricardo:

A Gazeta - O senhor saiu credenciado das urnas como um bom político pela expressiva votação obtida. Isto lhe credencia a disputar voos mais altos para cargos majoritários?

  • Sérgio Ricardo - Penso que os eleitores reconheceram meus esforços e me deram uma nova oportunidade para um terceiro mandato como deputado estadual, então vou me esforçar para transformar em realidade aquilo que preguei e que defendi exercendo meu mandato.

    Gazeta - Mas o senhor não pensa em ser candidato a prefeito de Cuiabá como no passado ou a governador do Estado?

    Sérgio - Todo político tem aspirações. A vida pública é feita de conquistas como qualquer profissão. Falar que não almejo governar meu Estado ou o município de Cuiabá que me acolheu soaria no mínimo falso. Só que sou um homem de grupo político, faço politica em conjunto e dentro de propostas que possam ser realizadas e visem o bem estar de toda população. O futuro está bem aí, mas é cedo para se falar se vou ou não pleitear outras disputas. Sei de uma coisa, não me escondo dos desafios e dos obstáculos e se tiver que vencer novas barreiras ou ser vencido, o farei trabalhando muito e me dedicando a quem me dá força, o povo da minha querida terra. Cada voto que recebi será devolvido com muito empenho e dedicação.

    Gazeta - Na sua carreira pública o senhor sempre assumiu a luta por assuntos polêmicos como a questão dos radares que estão na iminência de voltarem às ruas. O que o senhor acha disto?

    Sérgio - Primeiro de tudo não sou contra os radares. Sou contra a indústria das multas. Os radares enriqueceram muitas pessoas. Por que em vez da punição ser pecuniária (financeira) ela não pode ser na retirada da carteira de habilitação? O que as autoridades precisam fazer é conscientizar o motorista de que ele vai ser impedido de conduzir seu veículo se não respeitar as leis. Além do mais, os radares, por lei, tem a obrigação de serem identificados, inclusive com placas antes, o que leva os motoristas a diminuírem a velocidade e depois correrem em trechos onde não exista o radar. Imaginem quantos radares são necessários para se cobrir toda a extensão do tráfego entre Cuiabá e Várzea Grande?

    Gazeta - Mas o senhor vai novamente brigar na Justiça para não deixar instalar os radares?

    Sérgio - Claro. Eu levei essa luta adiante e consegui acabar com os radares, com as multas excessivas e com os abusos cometidos e pelo que me consta que defendem os radares não são técnicos, especialistas em trânsito para afirmarem com exatidão que o radar diminui o número de acidentes. Volto a frisar o problema é de consciência de cada um dos motoristas e do rigor de punição de quem concede o direito a determinada pessoa de conduzir um veículo automotor. Existem outras opções que estão sendo desprezadas sem ter sido utilizadas em prol da população. A visão de que o cidadão só aprende quando mexem no seu bolso está desprovida de qualquer realidade.

    Gazeta - No que diz respeito a CPI da Saúde. Como será a atuação dela daqui por diante?

    Sérgio - A CPI foi constituída para fazer algo que poucos ou quase ninguém teve coragem de fazer. Levantamentos da realidade da saúde pública em todo Mato Grosso. Hoje tenho convicção de que nós temos mais informações catalogadas do que o próprio Governo do Estado e é utopia se falar que a saúde não precisa de mais dinheiro. Recursos nunca serão suficientes num setor tão sensível como este, porque, quanto melhor ela for, mais pessoas apareceram para ser atendidas, já que hoje saúde é coisa cara, de alto valor, de alto custo, seja para tratamento, seja para remédios, seja para exames.

    Gazeta - O que avançou em relação a situação anterior e posterior a CPI?

    Sérgio - Primeiro de tudo, nós vamos manter de forma mais ativa e exigente a Comissão Permanente de Saúde na Assembleia com o encerramento das atividades da CPI da Saúde. Depois estabelecemos metas que estão sendo cobradas e se forem cumpridas pelas autoridades teremos num futuro bem próximo uma saúde de mais qualidade, mais humana e que não permita que ninguém fique na fila sem atendimento. Lembre-se que no começo das atividades da CPI da Saúde, existiam mais de 120 mil pessoas na fila aguardando um exame, uma internação. Falar que essa fila acabou seria um abuso, mas que ela reduziu, pode ter certa que sim, não aos patamares que consideramos ideais, mas não vamos descansar, pelo contrário, vamos trabalhar ainda mais e estaremos cobrando mais hospitais, mais unidades, mais laboratórios, mais investimentos.

    Gazeta - Mas o problema é só saúde? Por que o senhor defende o aumento no percentual da arrecadação para o setor?

    Sérgio - O trabalho da Assembleia e da CPI da Saúde se tornou referência a ponto do Hospital Júlio Müller que é de responsabilidade da União, do governo federal através da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), nos convidar para conhecer a realidade da instituição que é ociosa em seus leitos de ocupação e abandonada em equipamentos prestes a provocar um grave acidente. Nós estamos buscando soluções que possam ser realizadas e o governador Silval Barbosa já demonstra interesse em ampliar de 12% para 15% no ano de 2011 os repasses para a Saúde, o que será essencial para se colocar os serviços prestados entre os melhores do país. No próximo ano, o orçamento da saúde em Mato Grosso será superior a R$ 1 bilhão.

    Gazeta - Na questão ambiental, quais são seus planos para o novo mandato?

    Sérgio - O movimento Abrace o Rio Cuiabá já teve sua sexta edição e hoje nós invertemos nossa condição, ou seja, nos primeiros eventos nós íamos às escolas, as entidades e defendíamos a participação de todos na conscientização, hoje é o contrário. As pessoas e organizações nos cobram quando será a nova edição do Abrace o Rio; quando mais espécies de peixes serão soltas nos rios de Mato Grosso para repovoamento; quando novas campanhas de tire o lixo do rio serão executadas, enfim foi criada a consciência, resta agora as pessoas participarem mais, se inteirarem mais e acreditarem que o pouco que estão fazendo hoje será o muito melhor amanhã de nossos filhos, netos, bisnetos e outras pessoas.

    Gazeta - O senhor pertence hoje a maior bancada de deputados estaduais e na próxima legislatura seu partido o PR continuará sendo o de maior representatividade. Como será o PR no governo Silval Barbosa que é do PMDB?

    Sérgio - Como foi no governo Blairo Maggi, um partido aliado mas independente e determinado a cumprir à risca com os compromissos assumidos perante a população nas ruas durante a campanha eleitoral. Gosto da postura do senador eleito Blairo Maggi que propôs uma parceria com o cidadão e que faz gosto em ser cobrado e sempre lembrado dos compromissos. Mato Grosso tem ainda muito o que crescer e estamos participando deste momento com responsabilidade e com determinação.

    Gazeta - Mas e a participação do PR no governo Silval Barbosa?

    Sérgio - Às vezes parece que estamos atrás de cargos e não estamos. Temos quadros. Bons quadros técnicos e isto ficou provado nos oito anos do governo Blairo Maggi que serviram de aval para que o governador Silval Barbosa que também deu sua grande contribuição ao governo Maggi, se reelegesse e pudesse a partir do próximo ano imprimir um ritmo próprio à gestão pública. Tenho convicção de que seremos contemplados e mais do que isto, continuaremos contribuindo pelo engrandecimento de Mato Grosso e pelo sucesso nas realizações do novo governo que se iniciará.

    Gazeta - Nos últimos quatro anos o senhor sempre esteve nos dois mais importantes cargos da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. O senhor é candidato nos próximo biênio?

    Sérgio - Meu nome está a disposição dos companheiros. Estou sendo procurado inclusive por deputados da oposição que desejam lançar meu nome. Este é um assunto para o futuro. Ainda é cedo para se falar em Mesa Diretora. Este é um processo eleitoral interno, onde os 24 deputados podem ser candidatos ou não e onde não há governistas e oposicionistas, todos querem o melhor para o Poder Legislativo que é representatividade e o respeito da sociedade.

    Gazeta - Mas o senhor defende a disputa entre chapas ou o consenso?

    Sérgio - Tenho certeza de que haverá um consenso. De que todos os 24 saberão construir o melhor caminho não para nós parlamentares, mas para o Poder Legislativo, para sua conduta enquanto representante dos anseios populares e se houver o entendimento pela minha candidatura para este ou aquele cargo estarei a disposição, pois todos me conhecem sabe como eu atuo e o que fizemos pela Assembleia e por Mato Grosso nos últimos anos.





  • Fonte: A GAZETA

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