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Economia
Domingo - 21 de Novembro de 2010 às 07:12
Por: ADRIANA ABREU

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A pouco mais de um mês do Natal, o que mais parece um cenário improvável torna-se realidade: empresários começam a temer o aumento do volume de vendas.
A explicação está na equação "movimento maior = mais transações com cartões = risco de apagão das máquinas = clientes irritados".

O receio não surge sem precedentes: na véspera do Natal passado, uma pane generalizada nas máquinas da Redecard atingiu por três horas o comércio de todo o país.

"Precisei vender com cheque sem consulta ao Serasa para não ser prejudicado", lembra o dono do Depósito de Meias Gregório, Fernando Parcekian, 48, que possui três máquinas em sua loja.

Cerca de 60% de suas 300 vendas diárias são processadas no cartão. "Já cheguei a ficar 72 horas com o sistema inoperante", conta Parcekian, que diz solicitar, em média, a reposição de dez equipamentos todos os anos.

"É comum ter de passar o cartão três vezes, o que faz o cliente desistir da compra."

Alessandro Raposo, diretor-executivo da Redecard, diz que a pane foi pontual. "Houve falha em um componente de comunicação", explica, salientando que o problema não voltará a acontecer.

"Após o apagão, nós elaboramos um plano preventivo e treinamos uma equipe."

MÃO DUPLA

Para Ruy Nazarian, presidente do Sindilojas-SP (Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo), nesta época do ano é preciso redobrar a atenção e ter zelo extra "para não sair no prejuízo".

Parte da responsabilidade, contudo, é do empresário. Problemas por mau uso do aparelho, como botões quebrados ou cabos rompidos, também causam prejuízos.

"Limpar o aparelho com produtos inadequados e quedas podem danificá-lo", diz José Renato Hopf, conselheiro da Abecs (Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito e Serviços).

 






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