Arenápolis News - arenapolisnews.com.br
Política
Domingo - 21 de Novembro de 2010 às 13:17
Por: Laura Nabuco

    Imprimir


O deputado federal eleito e cacique do DEM, Júlio Campos, desmentiu os boatos de que estaria ensaiando uma desfiliação da sigla para ingressar no PMDB do governador Silval Barbosa. Comenta-se nos bastidores, que o motivo da suposta saída seria a insatisfação com o apoio da sigla à candidatura frustrada do ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), ao Governo. Ele desmente qualquer movimentação para deixar a sigla e assegura que mesmo tendo uma boa relação com o PMDB de Silval, só abandonaria o DEM se um novo partido fosse criado.

Ele acrescentou que a única "troca" entre as duas siglas estaria sendo cogitada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que teria sido convidado pelo vice-presidente eleito, Michel Temer, e pelo ex-governador daquele Estado, Orestes Quércia, para fazer parte do PMDB.

Apesar de afirmar que tem interesse na manutenção do partido, o parlamentar afirmou que só não deixa o DEM por causa da lei de infidelidade partidária, que permite que os partidos que se sentirem lesados reclamem as vagas dos parlamentares eleitos com base no sistema proporcional, já que os mandatos pertencem às siglas e não aos candidatos.

Desde que vigora, a lei causou a cassação de vários vereadores e do então deputado estadual Walter Rabelo, que conseguiu se eleger novamente no pleito deste ano. Apesar da lei ser bastante rígida, alguns políticos encontram "brechas". Os deputados estaduais Chica Nunes e Wallace Guimarães, por exemplo, conseguiram fazer "acordos" com  seus antigos partidos: PSDB e DEM, respectivamente. Eles deixaram as siglas e não perderem os mandados. Ambos enfrentavam atritos com os demais militantes de suas ex-siglas.

Enquanto a hoje democrata era ameaçada de ser expulsa do PSDB devido a uma série de escândalos, sendo acusada, inclusive, de ter desviado R$ 6,5 milhões da Câmara entre 2005 e 2006, período em presidiu a casa, Wallace, que hoje é do PMDB, se dizia perseguido por Júlio Campos. Os dois se desentenderam em 2008, quando a sigla escolheu Júlio para disputar a Prefeitura de Várzea Grande. Ele acabou sendo derrotado por Murilo Domingos (PR), que foi reeleito. Mesmo havendo essa brecha, os "acordos" entre siglas e parlamentares precisam de bases sólidas. Ocorre que a vaga ainda pode ser ameaçada se o suplente requerer o seu direito ou se o próprio Ministério Público Eleitoral ingressar com o pedido de cassação do infiel.
 

 





Fonte: RD News

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://arenapolisnews.com.br/noticia/80298/visualizar/