Universitários reclamam da obrigatoriedade da prova do Enade
Estudantes universitários de Brasília que fizeram o Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) consideraram fundamental a realização da prova, mas reclamaram de sua obrigatoriedade, uma vez que, se não realizarem a prova, não receberão o diploma do MEC (Ministério da Educação) quando da conclusão dos cursos.
Em todo o país, 650 mil universitários são esperados para fazer o Enade. A prova é aplicada aos alunos dos primeiro e segundo semestres e aos que estão concluindo o curso superior para avaliar a qualidade do ensino oferecido pelas universidades, centros universitários e faculdades.
"Se não fosse obrigatório tenho certeza que quase ninguém faria", afirmou Murilo Santana, 42 anos, estudante de gestão ambiental, ao ser perguntado sobre a questão da obrigatoriedade. No entanto, ele ressaltou a importância de se fazer a prova uma vez que é por meio dela que "o MEC avalia o sistema educacional da universidade".
Ítalo Magdiel, 19 anos, morador da cidade satélite de Riacho Fundo e aluno de gestão ambiental é outro que considera a realização do Enade fundamental. Para ele, o estudante para que o MEC tenha um ranking dos cursos oferecidos pelas universidade e forcem aquelas com notas mais baixas a melhorarem seus currículos. "Vale a consciência de cada um. É preciso saber se o estudante se dedicou e seria uma falta de ética, caráter e moral fazer a prova de qualquer jeito".
Ítalo Rossi, 18 anos, morador de Taguatinga, que cursa educação física disse que "tem gente que não tem nenhum interesse em fazer [a prova]. "Se não fosse obrigatório seria muito difícil alguém vir".
Do total de participantes, 261 mil iniciam os cursos universitários outros 161 mil estão em fase de conclusão. Também farão a prova 227 mil alunos que não participaram do Enade em anos anteriores e querem regularizar sua situação. O exame será aplicado em mais de 1,3 mil municípios.
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