Petróleo fecha em baixa em Nova York e em Londres
Os preços do petróleo retrocederam nesta segunda-feira em Nova York e Londres, depois que o plano de resgate da Irlanda não dissipou os temores sobre a zona do euro, em meio a ao fortalecimento do dólar.
Na Nymex (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês), o barril do tipo Texas ("light sweet crude") para entrega em janeiro, em seu primeiro dia de cotação, fechou a US$ 81,74, em baixa de US$ 0,24 em relação à sexta-feira.
No Intercontinental Exchange de Londres, o barril do Brent do Mar do Norte com igual vencimento perdeu US$ 0,38, a US$ 83,96.
"O mercado segue inquieto pela crise da dívida na Europa", explicou Phil Flynn, da PFG Best Research.
Especialistas da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional começaram nesta segunda-feira em Dublin a aperfeiçoar os detalhes de um vasto plano de resgate da Irlanda, que pode alcançar até 90 bilhões de euros (US$ 123 bilhões). Em um primeiro momento, os mercados acolheram favoravelmente o anúncio, mas o entusiasmo se dissipou rapidamente, inclusive antes da abertura dos mercados americanos.
Mas a mudança da tendência "sugere que persistem os temores sobre a amplitude do plano de resgate, sobre o grau de aceitação por parte da opinião pública irlandesa e sobre o que significa para os membros da periferia da zona do euro", em primeiro lugar para Portugal e Espanha, observaram analistas da JPMorgan.
O anúncio provocou um forte descontentamento na Irlanda. O primeiro-ministro Brian Cowen rejeitou os apelos para sua renúncia imediata, mas anunciou que dissolverá o parlamento após a aprovação do orçamento, prevista para o início de 2011, convocando então novas eleições.
Os investidores preferiram refugiar-se em ativos considerados mais seguros: "os investidores compram ouro, prata e obrigações do Estado, mas vendem as matérias-primas industriais como o petróleo ou o cobre", explicou Phil Flynn.
O dólar, por sua vez, se fortaleceu, sinal de inquietação.
O mercado também voltou sua atenção para a China, que no domingo anunciou novas medidas para frear a alta das matérias-primas e lutar contra uma inflação que se acelera.
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