Volta à Câmara não empolga Celcita Pinheiro
Com o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em 13 de outubro, o deputado federal, Eliene Lima (PP), que ainda teve seus embargados negados pela Justiça Eleitoral, deve deixar a Câmara nos próximos dias, assim que a mesa diretora da Casa seja notificada. Como o primeiro suplente da coligação é o vice-governador eleito, Chico Daltro (PP), a expectativa é de que a vaga seja assumida pela ex-deputada federal Celcita Pinheiro (DEM). No entanto, ela demonstra apatia com a possibilidade.
“Não sei de nada. Estou em casa cuidando das minhas coisas” ressalta, em entrevista ao RDNews. Ela afirma ainda que sequer acompanhou o caso do parlamentar e não possui expectativa de voltar à Câmara Federal, onde esteve por dois mandatos. Caso Eliene não consiga reverter a situação adversa no TSE, o sucessor dele ficará no cargo até 31 de janeiro.
A democrata, que é viúva do senador Jonas Pinheiro (falecido em 2008) chegou a ser aclamada na convenção de seu partido, sendo indicada pelo senador Jayme Campos (DEM) para assumir o desafio de disputar as eleições no cargo de vice-governadora, na chapa encabeçada pelo ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), mas preferiu ficar de fora do processo eleitoral.
Caso Celcita dispense a chance de voltar à Câmara, o próximo nome na lista de sucessão da coligação é o do progressista Rogério Silva, que se elegeu em 2002, mas teve seu mandato cassado por compra de votos dois anos depois. Em 2006 teve cerca de 41 mil votos e ficou na terceira suplência. Com esta posição, conseguiu desfrutar do mandato por quatro meses, em 2008, quando o deputado federal Pedro Henry (PP) se afastou para se dedicar à campanha de seu irmão, Ricardo Henry (PP) à Prefeitura de Cáceres.
O pouco tempo que resta para concluir o mandato de Eliene, parece não chamar a atenção dos suplentes. Ocorre que neste período os partidos articulam os nomes que formarão a equipe de governo do governador reeleito, Silval Barbosa (PMDB), a partir do próximo ano. Apesar da pouca visibilidade política do mandato relâmpago, quem assumir a cadeira poderá assegurar o salário e as vantagens garantidas aos deputados federais pelos próximos dois meses, incluindo o período de férias legislativa e verba indenizatória.
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