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Política
Quarta - 24 de Novembro de 2010 às 11:30

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Miriam Belchior, 52, tem posição estratégica na gestão Lula desde 2003 e, em abril deste ano, só não se tornou ministra da Casa Civil porque Dilma Rousseff, que deixou o governo para concorrer à Presidência, emplacou como sucessora Erenice Guerra.

Lula tinha preferência por Belchior, mas acabou cedendo ao apelo de Dilma. Meses depois, Erenice acabou se demitindo após denúncias de tráfico de influência de seus familiares no governo.

Ligada ao ex-ministro José Dirceu, Belchior é atualmente subchefe de Articulação e Monitoramento da Presidência e coordenadora do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Sua intimidade com o programa acabou a credenciando para o Ministério do Planejamento.

Ela ocupa o cargo atual desde 2004. Nos dois primeiros anos do primeiro mandato de Lula, era assessora especial do gabinete.

Em 2006, conciliou a função com a campanha de Lula à reeleição. Foi uma das coordenadoras do programa de governo.

Belchior é ex-mulher de Celso Daniel, prefeito assassinado de Santo André, mas já não eram casados quando ele foi morto, em 2002.

Durante as investigações, Belchior foi denunciada ao Ministério Público pelo irmão do ex-prefeito João Francisco Daniel, que disse ter ouvido dela e de Gilberto Carvalho, ex-secretário municipal e atual chefe de gabinete da Presidência, a ocorrência de um desvio de R$ 1,2 milhão da prefeitura em benefício do PT.

Carvalho e Belchior negaram as acusações.

Belchior é engenheira com mestrado em administração pública na FGV.






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