Servidores do Judiciário protestam por reajuste; MT também tem greve
Cerca de 300 servidores do Poder Judiciário fizeram hoje (24) um protesto na Praça dos Três Poderes. A manifestação, que começou em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) e seguiu para o Palácio do Planalto, foi feita para reivindicar o reajuste da categoria, que está para ser votado no Congresso Nacional.
De acordo com o coordenador da Federação Nacional dos Servidores do Judiciário Federal (Fenajufe), José Carlos de Oliveira, o percentual médio de reajuste do salários pedido pelos manifestantes, 56%, não é excessivo. "Este valor não incide sobre todas as parcelas do salário. Na verdade, não estamos pleiteando 56% sobre o salário todo, porque este valor não será calculado sobre coisas como gratificações, funções comissionadas e outras vantagens pessoais", explicou.
Segundo Oliveira, sete estados já estão com os servidores da Justiça Federal em greve - Rio Grande do Sul, Bahia, Amazonas, Mato Grosso, Alagoas e Maranhão, além dos funcionários do Tribunal Regional do Trabalho, em Campinas (SP). "A expectativa era que, passadas as eleições, o reajuste fosse votado, mas não foi isso que aconteceu", disse.
Em reunião do Conselho Político na semana passada, os líderes do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), conversou com o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A proposta principal de Vaccarezza era de que houvesse uma negociação com os deputados para que não seja votado este ano nada que aumente significativamente os gastos no início do próximo governo.
Entre os itens da pauta que poderiam gerar o aumento de custos está o reajuste dos servidores do Judiciário e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 300, que trata do piso salarial para policiais e bombeiros de todo o país.
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