Exames de cólera em soldados nepaleses no Haiti deram negativo
O chefe da missão das Nações Unidas no Haiti, Edmond Mulet, reiterou nesta quinta-feira que os exames feitos nos capacetes azuis nepaleses, acusados por alguns haitianos de terem levado o cólera para a ilha, tiveram resultado "negativo".
Os capacetes azuis nepaleses foram postos sob proteção especial desde o começo das manifestações, na semana passada, contra sua presença no centro e no norte do Haiti, após os boatos de que foram eles que introduziram a bactéria do cólera na ilha.
"Autoridades haitianas coletaram amostras ao redor da base nepalesa para enviá-las ao laboratório nacional e os exames deram negativo", disse Mulet. Outras amostras tiradas das latrinas e da água da base foram examinadas nos laboratórios da Minustah e "deram negativo".
"Pedi exames independentes em um laboratório da República Dominicana e os resultados deram negativo", assegurou Mulet.
"Não posso dizer que (o cólera) não venha dos soldados da Minustah, mas tampouco posso dizer que vem daí, pois todos os exames deram negativo. Não há conclusões definitivas", afirmou.
Na terça-feira, Mulet já tinha assegurado que as amostras de banheiros, cozinhas e depósitos de água no acampamento nepalês, perto da cidade de Mirebalais, haviam tido resultados negativos.
Os primeiros casos de cólera apareceram no Haiti em meados de outubro, às margens do rio Artibonite, a alguns quilômetros da base nepalesa da Minustah, o que explica as acusações contra os capacetes azuis.
Mulet assegurou que é "muito importante para as Nações Unidas" superar este tema, na medida em que a organização internacional tem, atualmente, "missões de paz em 16 países do mundo".
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