Segundo fonte do MPE, expectativa é de que empresários envolvidos indiquem nomes de ex-secretários
Mais secretários do Governo podem estar envolvidos
Fontes do Ministério Público Estadual e da Delegacia Fazendária afirmaram ontem (25) ao MidiaNews que existe a possibilidade de que mais secretários de Estado sejam acionados ou façam parte da investigação na condição de suspeitos, no esquema denominado "Escândalo dos Maquinários".
O caso diz respeito ao superfaturamento de R$ 44 milhões, na compra de 705 caminhões e máquinas, dentro do programa "Mato Grosso 100% Equipado".
Segundo uma das fontes, haveria indícios suficientes para que outros membros do primeiro escalão dos Governos Blairo Maggi (PR) e Silval Barbosa (PMDB) sejam acionados.
"Mas, ao que tudo indica, os promotores preferiram focar naqueles que estavam nitidamente envolvidos nos esquemas. Os demais, que, em tese, participaram ativamente do processo licitatório, inclusive, em reuniões com os empresários citados e da definição das propinas, devem começar a aparecer após o início dos depoimentos à Justiça", afirmou uma fonte.
Pelo que a reportagem apurou, a tendência, segundo o MPE, é que os próprios empresários, ao começarem as oitivas na Justiça, passem a indicar todos os envolvidos no esquema.
"Os empresários citados, que já estão em uma situação extremamente delicada, não terão, em tese, motivos para proteger quem quer que seja. A expectativa é de que eles abram o bico e indiquem quem é quem no esquema todo", afirmou outra fonte.
Nomes
Entre os assessores de primeiro escalão do Governo que teriam participado da condução do processo licitatório, mesmo que de maneira informal, sem assinar documentos ou atas, estariam Eder Moraes, atual secretário-chefe da Casa Civil, e que na ocasião comandava a Secretaria de Fazenda; Eumar Novacki, ex-secretário da Casa Civil; e José Aparecido dos Santos, o Cidinho, atual suplente do senador eleito Blairo Maggi.
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