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Política
Sábado - 27 de Novembro de 2010 às 08:34
Por: Patrícia Sanches

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O Ministério Público aguarda a análise técnica de 20 transferências de sigilos fiscais e bancários dos envolvidos no escândalo do maquinário para ajudar a montar o “quebra-cabeça”, que demonstre o envolvimento de cada um dos acusados nas fraudes cometidas nas licitações, que culminaram na compra das 705 máquinas do programa “Mato Grosso 100% Equipado”. Conforme a promotora Ana Cristina Bardusco, que analisa a documentação enviada pela Delegacia Fazendária, muitas informações bancárias requisitadas pelo juízo ainda não foram remetidas pelas instituições bancárias, mesmo com a cobrança efetiva da promotoria.

Ela pontuou que que não há pedido de prisão preventiva no âmbito judicial e que para oferecer a denúncia criminal contra os acusados de envolvimento nas fraudes é necessário mostrar a individualização do envolvimento de cada acusado. Para tanto, ela realiza uma análise criteriosa de todo o inquérito que compreende 56 volumes, com aproximadamente 10.800 páginas. “O que existe é um relatório elaborado pela polícia fazendária, no qual representa por esta providência (prisão) em relação a dois indiciados. No entanto, a manifestação ministerial ocorrerá no momento do oferecimento da denúncia”, explicou a promotora de Justiça.

Ainda segundo ela, o intuito do MP é oferecer uma denúncia que inclua todos os envolvidos com a devida responsabilidade. As investigações apontam indícios para a prática de crimes de fraude em licitação, corrupção e lavagem de dinheiro. “Esperamos que não seja necessária a fragmentação da denúncia para garantir eficiência e celeridade na instrução processual”, afirmou Bardusco.

Ela explicou ainda que, dependendo dos resultados das transferências de sigilos fiscais e bancários, novas diligências poderão ser necessárias. “Devido à complexidade das investigações, não estipulamos prazo para a conclusão dos trabalhos”, reforçou. O escândalo do maquinário é tido como o maior da gestão Blairo Maggi (PR). Conforme as investigações, durante a compra das 705 máquinas e caminhões distribuídos para os 141 municípios em fevereiro deste ano. Enquanto Bardusco analisa o caso na esfera criminal, na cível Mauro Zaque já propôs duas ações por improbidade administrativa contra os ex-secretários de Administração e Infraestrutura Geraldo De Vitto e Vilceu Marchetti, além dos empresários envolvidos. O caso é analisado pelo juiz da Vara Especial de Ação Civil Pública e Ação Popular, Luís Aparecido Bertolucci Júnior.
 





Fonte: RD News

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