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Política
Sábado - 27 de Novembro de 2010 às 09:21

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Será encaminhado na segunda-feira (29) ao procurador regional eleitoral, Thiago Lemos de Andrade, o inquérito policial que aponta indícios de crimes eleitorais em Lucas do Rio Verde supostamente em benefício da candidatura ao governo do Estado do empresário Mauro Mendes (PSB) e Márcio Pandolfi (PDT) a deputado estadual. Ambos foram derrotados nas urnas.
 
Caberá ao Ministério Público Eleitoral (MPE) avaliar toda o material para decidir se oferece ou não denúncia a Justiça Eleitoral. Uma eventual condenação implica em pagamento de multa e até cassação dos direitos políticos, o que pode se estender po oito anos desde que seja em órgão colegiado conforme prevê a lei da Ficha Limpa. A investigação exigiu dois meses com os últimos depoimentos se encerrando nesta semana.

Neste período foram analisados documentos contábeis, notas fiscais, requisição de serviços, dados do circuito interno de segurança, relatórios contendo placas de veículos e outros documentos. Todos estes materiais foram apreendidos com aval da Justiça Eleitoral após o recebimento de uma denúncia anônima feita na Ouvidoria do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT).

O delegado Marcelo Martins indiciou três envolvidos por formação de quadrilha e cinco por corrupção passiva e ativa. Todos foram presos em flagrante distribuindo tíquetes de combustíveis aos motoristas que estavam localizados em um posto de gasolina e devidamente cadastrados em anotações. Somadas, a pena pode pode ser superior a 10 anos de reclusão.

Há suspeitas de que o posto de combustível seja de propriedade da família de Joci Piccini, presidente do PSB de Lucas do Rio Verde, vice-prefeito do município e cunhado do candidato derrotado a deputado federal Neri Geller (PP). Ele é um dos condenados pela Justiça Federal a 19 anos e oito meses de reclusão mais pagamento de multa pela suposta participação no desvio de dinheiro da Cooperativa de Lucas do Rio Verde (Cooperlucas).

Em Arenápolis, município no qual foi detido o deputado federal eleito Ságuas Moraes (PT) e mais 25 pessoas pela suspeita de crime eleitoral, as investigações já foram concluídas e remetidas a Procuradoria Regional Eleitoral a quem cabe analisá-lo e decidir de oferece ou não denúncia à Justiça.

O petista foi encaminhado a delegacia ao lado da correligionária Elma de Oliveira, secretaria de Educação do município e vereadora do município Noêmia Maria de Souza.

O grupo foi detido porque no ato político foi realizado um almoço aos eleitores, o que é proibido pela legislação eleitoral.




Fonte: A Gazeta

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