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Política
Domingo - 28 de Novembro de 2010 às 13:22
Por: João Negrão

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A presidente eleita Dilma Rousseff praticamente já definiu sua equipe ministerial. Quase todos os nomes do primeiro escalão já foram escolhidos, embora oficialmente somente a equipe econômica já tenha sido anunciada. O anúncio do restante dos nomes de seus assessores diretos deve acontece nesta semana, conforme fontes da equipe de transição.

Dilma tem pressa. Ela, por exemplo, deixou de viajar com o presidente Lula à Guiana, para a reunião da União das Nações Sul–Americanas (Unasul), justamente para acelerar as escolha de seus auxiliares. Seria a oportunidade dela se encontrar com os chefes de Estado sul–americanos. Esse encontro vai ficar para 17 de dezembro, em Foz do Iguaçu (PR), quando ela janta com a cúpula do Mercosul, um dia após ser diplomada.

Depois da confirmação de Guido Mantega no Ministério da Fazenda, Miriam Belchior para o Planejamento e Alexandre Tobini para a presidência do Banco Central, a equipe econômica da futura presidente está praticamente completa, restando apenas os três cargos mais importantes do segundo escalão: o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e os diretores da Receita Federal e do Tesouro Nacional.

Na última quinta (25) mais um nome surgiu praticamente confirmado. Trata-se do deputado federal Antonio Palocci. Como se esperava, Palocci, ex-membro da coordenação da campanha e atual membro da coordenação da equipe de transição, ocuparia papel de destaque no governo Dilma. Ele deve ser o ministro-chefe da Casa Civil.

Outro personagem de destaque tanto na coordenação de campanha quanto da transição é o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), que poderá ocupar o Ministério da Justiça. E o atual ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que já havia sido informado que permaneceria como assessor de Dilma, deve assumir o Ministério da Comunicação. Pela primeira vez na história do Brasil desde a ditadura militar, não teremos um ministro ligado à Rede Globo, conforme afirmou ao RDNews um dos membros da equipe.

Com Palocci na Casa Civil, a expectativa é grande em relação aos próximos ministros da chamada “cozinha” do Palácio do Planalto, os também ditos “palacianos” ou ainda do “núcleo duro”. São os secretários da Presidência, de Relações Institucionais e de Comunicação Social. Gilberto Carvalho, secretário do presidente Lula, deve ir para a secretaria geral da Presidência e Alexandre Padilha pode ser mantido na pasta de Relações Institucionais.

Esses são os ministros da cota pessoal da presidente eleita. Terminada a fase dessas escolhas, Dilma e a coordenação da equipe de transição trabalharão na escolha dos demais membros da equipe de auxiliares diretos, cujos cargos serão rateados entre os partidos da base aliada.

A grande briga por espaço gira em torno dos dois maiores partidos, PT e PMDB, como sempre os mais “gulosos”. O PT, como partido da presidente, ocupará os cargos de maior confiança. Uma situação natural. Mas o PMDB pressiona por todos os lados para ampliar o seu espaço. Atualmente o partido comanda seis ministérios. Como terá a maior bancada no Senado e a segunda na Câmara, acha que pode mais.

A segunda maior pressão vem do PSB, partido que tem hoje um ministério e que quer ampliar para três. Tudo por causa de seu desempenho das últimas eleições, quando elegeu nada menos que seis governadores e aumentou significativamente a bancada federal. Logo atrás vêm PDT e PCdoB. Correndo ao lado, o PTB, o PP e outros partidos menores.

Dilma Rousseff deve criar novos ministérios: o de Portos, Aeroportos e o da Micros e Pequenas Empresas. O de Portos já existe na atual estrutura ministerial, mas como secretaria, embora com status de ministério.

Com a nova criação, Portos estaria junto com Aeroportos. Preocupada com os graves problemas que vem enfrentando a infraestrutura aeroportuária do país, a presidente eleita estuda a ideia de criar um ministério específico. Soma-se a isso a perspectiva dos eventos esportivos de 2014 e 2016, que vão ampliar ainda mais a demanda nos aeroportos nacionais.

O RDNews tabulou uma lista com os nomes mais contados para ocupar a equipe de principais auxiliares de Dilma Rousseff. A lista abaixo foi feita com base nos nomes ventilados nos meios políticos e as especulações da imprensa nacional.

Confira os nomes já anunciados...
Fazenda – Guido mantega
Planejamento – Miriam Belchior
Banco Central – Alexandre Tombini
...confirmados, mas não divulgados...
Casa Civil – Antonio Palocci
Comunicações – Paulo Bernardo
Justiça - José Eduardo Cardoso
...a confirmar...
Justiça - José Eduardo Cardozo
Secretaria Geral da Presidência - Gilberto Carvalho
Secretaria de Relações Institucionais - Alexandre Padilha
...cotados...
Desenvolvimento, Indústria e Comércio - Abílio Diniz
Saúde - Sérgio Cortês (PMDB); Dr. Helio (PDT)
Cidades – seria mantido Márcio Fortes (PP); Moreira Franco (PMDB); Marta Suplicy
Fernando Pimentel (PT), Luiz Fernando Pezão (PMDB) - vice-governador do RJ
Minas e Energia - Edson Lobão (PMDB)
Agricultura – seria mantido Wagner Rossi (PMDB); Joaquim Soriano (PT); Osmar Dias (PDT)
Meio-Ambiente - Carlos Minc (PT)retornaria ao cargo
Desenvolvimento Social – retornaria Patrus Ananias (PT); Maria do Rosário
Esportes - Orlando Silva (PCdoB) seria mantido, mas o partido pode indicar Manoel Dávila (deputada federal)
Apoio a Micro e Pequena Empresa - Gim Argello, senador do PTB-DF
Educação – seria mantido Fernando Haddad (PT); Gabriel Chalita (PSB); Marta Suplicy
Trabalho – seria mantido Carlos Lupi (PDT)
Turismo - Alessandro Teixeira;
Transportes – seria mantido Alfredo Nascimento (PR); Henrique Meirelles (PMDB)
Relações Exteriores - Celso Amorim seria mantido; Antonio Patriota; José Maurício Bustani; Nelson Jobim; José Viegas
Cultura –Juca Ferreira, seria mantido; Celso Amorim; Emir Sader; Ideli Salvatti (PT); Marilena Chauí
Integração Nacional – Ciro Gomes (PSB); José Sérgio Gabrielli
Defesa – seria mantido Nelson Jobim;
Ciência e Tecnologia – Newton Lima
Secretaria de Políticas para as Mulheres – Ideli Salvatti
Secretaria Nacional de Direitos Humanos – Maria do Rosário (PT); Gabriel Chalita (PSB)
...e ainda sem nomes cogitados
Pesca e Aquicultura
Previdência Social
Gabinete de Segurança Institucional
Secretaria de Comunicação Social
Secretaria de Assuntos Estratégicos
Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
Secretaria Especial de Portos





Fonte: RD News

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