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Polícia
Domingo - 28 de Novembro de 2010 às 13:45
Por: DHIEGO MAIA

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A cada três dias, um caixa-eletrônico já foi alvo de arrombamento em Mato Grosso de janeiro até esta semana. As 100 ocorrências registradas até o momento levaram à prisão 52 pessoas. Destas, apenas 10% continuam atrás das grades. Entre elas, quatro chegaram a ser presas por duas vezes. Um criminoso inclusive voltou à prisão no intervalo de menos de um mês.

Todos os envolvidos são reincidentes nos crimes de furto, roubo e formação de quadrilha. Já foi identificada uma rede de 312 pessoas próximas aos bandidos que, de alguma forma, participou nos crimes. Todos estão sob investigação da Polícia Civil do Estado.

Os mandados de prisão foram cumpridos em Cuiabá (22), Alto Paraguai (3), Cáceres (7), Chapada dos Guimarães (2), Poxoréo (8), Arenápolis (9) e Rondonópolis (1). Em um dos arrombamentos, os bandidos chegaram a levar R$ 265 mil de um caixa-eletrônico, a maior quantia furtada entre todas as ocorrências.

A ação dos bandidos é rápida. Um arrombamento não passa de 40 minutos e muitas das ações ocorrem à luz do dia. Com maçaricos a tiracolo e sempre resguardados por outros comparsas do lado de fora das agências bancárias, os criminosos têm desafiado a polícia.

A maior dificuldade em reprimir o crime está na elaboração do conjunto de provas que incriminam um suspeito. "Não basta apenas saber quem arrombou. É necessário provar à Justiça que o indivíduo realmente roubou para ser penalizado", reflete o chefe do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), delegado Luciano Inácio da Silva, responsável pela centralização das investigações no Estado.

Sem o conjunto de provas, composto por imagens do circuito interno de televisão, fotografias e digitais, todos os pedidos de prisão encaminhados à Justiça acabam indeferidos. A falta de materialidade em muitos dos casos foi preponderante para a libertação de vários presos. Outro problema está na penalização dos casos de furto. Por ser de curta duração, muitos envolvidos acabam soltos meses depois de flagrados e voltam a praticar novos arrombamentos pela rentabilidade do delito.

Para conter todos os problemas, a Polícia Civil criou um grupo de policiais destinado apenas para investigar os crimes de arrombamentos a caixas-eletrônicos na Grande Cuiabá, região com o maior índice de ocorrências. No próximo mês, segundo o delegado Luciano Inácio, a polícia já prepara uma megaoperação para prender os suspeitos já identificados.

Entre os bancos com maior ocorrência de arrombamentos sobressai o Banco do Brasil. Para Inácio, a unidade é alvo dos arrombamentos por concentrar os pagamentos dos servidores do Estado, o que obriga o banco a manter uma rede maior de caixas sempre abastecidos. Diante dos casos, o banco colocou na gaveta um projeto que pretendia tirar das agências as portas giratórias de segurança. No dia 10 de dezembro, a Polícia Militar promete iniciar a operação "Fim de Ano" em todo Estado para inibir crimes de assaltos, arrombamentos e "saidinhas de banco".
 






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