Empresários e cabos eleitorais levam calote de deputado federal eleito

A situação de um deputado federal eleito de Mato Grosso, que compõe a base de apoio do governador reeleito Silval Barbosa pode se complicar nos próximos dias informa uma fonte ouvida pelo Repórter News nesta terça-feira, em que dá conta da possibilidade de um empresário ingressar na justiça para receber cheques que totalizam cerca de R$ 25 mil reais, dados para pagar um show artístico contratado por assessores do parlamentar federal que já tem seu nome envolvido em malversação de dinheiro público.

De acordo com a fonte, se for confirmada a denúncia o deputado poderá responder por abuso de poder econômico o que poderá culminar com a cassação de seu mandato, visto que a diplomação dos eleitos deverá ocorrer no próximo dia 16 de Dezembro. O deputado teria contratado e pago diversos shows de uma dupla sertaneja nacional e de bandas regionais para se apresentar em feiras agropecuárias, festivais de praia e outros eventos pelo interior do estado, o que é proibido pela legislação. Se não bastasse isso, cabos eleitorais e fornecedores reclamam ter sofrido calote em muitos municípios, pois não receberam quantias acordadas durante a campanha.

O esquema pode ser um barril de pólvora pois envolveria algumas organizações sindicais que fizeram manobras para repassar dinheiro para a campanha do deputado, inclusive existem cheques em nome de um membro de um conselho estadual de cultura utilizados para pagar determinados eventos. Este conselheiro seria a ponta do iceberg.

Um empresário do ramo de combustíveis no estado está de posse de cheques que totalizam o valor de R$ 25 mil reais, trocados para pagar um show patrocinado pelo deputado federal reeleito numa cidade do interior, esses cheques foram sustados pelo membro do conselho de cultura que participou do esquema, e este seria proprietário de uma empresa por onde fora feita toda a transação no período eleitoral. Este empresário já teria procurado um advogado e pretende acionar os personagens na justiça para receber os valores referentes aos cheques sustados e devolvidos a mais de sessenta dias.

Outra empresa de propriedade de um artista reconhecido no estado, com sede em Cuiabá,  também é vitima do suposto calote, pois não consegue receber valores devidos por contratações de bandas para se apresentar no interior do estado.

A mesma fonte preferiu não declinar nomes, mas adiantou que o caso se tornará público em razão da ação de cobrança na justiça contra assessores e o deputado federal reeleito.