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Política
Quarta - 01 de Dezembro de 2010 às 08:23
Por: Romilson Dourado

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O senador eleito Blairo Maggi (PR) disse a Luiz Inácio Lula da Silva, em conversa a sós nesta terça no avião presidencial, enquanto viajavam para inauguração de uma eclusa da usina hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, que prefere exercer por um bom tempo o mandato no Congresso Nacional a assumir algum Ministério por agora. O presidente, que tem influenciado diretamente nas indicações para composição do novo governo, fez uma sondagem para saber se o ex-governador mato-grossense estaria disposto a integrar o staff da sucessora Dilma Rousseff, que toma posse em 1º de janeiro.

Em princípio, a ideia seria tê-lo no comando da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Eleito com 1.073.039 ¨votos (37% dos válidos), Maggi ponderou para Lula que está determinado a marcar posição no Senado, com prioridade nas discussões sobre o novo Código Florestal, reformas trabalhista e tributária e sobre o chamado pacto federativo. Ele já está avaliando cada tema para se aprofundar nos debates.

Maggi foi o convidado de honra do presidente. Viajou de Cuiabá a Brasília, especialmente para acompanhá-lo na visita ao Pará para o primeiro evento oficial pós-eleição. Trocaram elogios. Lula enfatizou que o ex-governador possui perfil para comandar vários ministérios. Na sexta, o republicano retorna à Capital Federal para no dia seguinte se reunir com a presidente eleita Dilma. Permanece em Brasília até segunda, quando participa da reunião da petista com a bancada federal de Mato Grosso, composta por 8 deputados e 3 senadores.

Ainda no bate-papo com o presidente Lula, Blairo Maggi ponderou que, no futuro, ou seja, após alguns meses de mandato como senador, poderá, se assim Dilma entender, se colocar à disposição para vir a ser ministro. Cita especificamente as pastas de Transportes, Minas e Energia e Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

A citação do nome de Maggi para o primeiro escalão do próximo governo é motivada por alguns fatores. Primeiro, porque trata-se de um nome de peso do agronegócio. É um líder empresarial, um dos acionistas do Grupo Amaggi, maior produtor de soja do mundo e, durante os 7 anos e 3 meses de mandato como governador, se tornou forte aliado da gestão Lula e foi cabo eleitoral da presidente eleita.

Outras pastas

Mesmo com a pasta da Agricultura na cota do PMDB, que tem o deputado Michel Temer como vice-presidente eleito e até já indicou o nome do ex-deputado Wanger Rossi para assumí-la, Dilma Rousseff pretende insistir no convite a Maggi. Assim, o PR poderia ampliar a participação no primeiro escalão com até dois ministérios. Hoje conduz o Transportes. No sábado, a presidente deve tentar convencê-lo a aceitar ser ministro. O primeiro-suplente de Maggi é o ex-prefeito de Nova Marilândia José Aparecido dos Santos, o Cidinho (ex-DEM e hoje PR), que presidiu por dois mandatos a Associação Mato-Grossense dos Municípios e foi secretário da gestão Maggi de Projetos Estratégicos. Se o ex-governador virar ministro, Cidinho assume a cadeira de senador cujo mandato é de 8 anos.





Fonte: RD News

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