Remédio experimental contra câncer traz risco tóxico, alerta FDA
Cerca de 31% dos pacientes que tomaram o medicamento, chamado vandetanib, tiveram efeitos colaterais severos em comparação com 13% dos pacientes que apresentaram os mesmos sintomas ao ingerir um placebo.
Mais de 80% dos pacientes em um estudo de fase 2 que começaram a se tratar com uma dose de 300 miligramas da droga "precisaram reduzir ou interromper" a medicação, acrescentou a FDA em um relatório publicado antes de uma reunião de especialistas para discutir as descobertas, em 2 de dezembro.
Segundo um estudo subsequente no qual os pacientes ingeriram uma dose de 100 miligramas da droga, 21% precisaram reduzir a dose ou interromper o uso do remédio.
Embora a FDA não tenha que seguir as recomendações do painel de especialistas, a agência normalmente o faz.
Entre os efeitos colaterais relatados estão uma perigosa erupção na pele conhecida como síndrome de Stevens-Johnson, derrames e doença pulmonar.
O laboratório AstraZeneca espera para janeiro uma decisão sobre a aplicação do vandetanib em pacientes com câncer medular de tireoide, uma forma da doença relativamente rara, diagnosticada em 45 mil pessoas, este ano, nos Estados Unidos.
Segundo a companhia, o medicamento atua na restrição do crescimento do tumor.
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