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Política
Sexta - 03 de Dezembro de 2010 às 07:59
Por: Jean Campos

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Será conhecido hoje o novo procurador-geral de justiça de Mato Grosso. Um grupo 200 membros do Ministério Público Estadual (MPE), entre procuradores e promotores de Justiça, escolhe entre o atual procurador-geral de justiça, Marcelo Ferra, e o promotor de justiça auxiliar da Corregedoria Geral, Roberto Turin. O processo eleitoral, que ocorrerá no auditório da PGJ, em Cuiabá, terá início às 11h e encerrará às 17h. A apuração ocorrerá logo após o encerramento da votação.

Constitucionalmente, é o governador do Estado quem escolhe o procurador-chefe diante de uma lista tríplice. Neste ano, porém, Silval Barbosa (PMDB) fará a escolha entre os únicos dois candidatos inscritos. A escolha costuma ser pelo mais votado entre os membros da instituição.

Segundo informações da Comissão Eleitoral do MPE, 154 membros já haviam votado. Como a maior parte dos procuradores e promotores atua em comarcas no interior do Estado, as cédulas de votação foram enviadas um mês antes da eleição. Os votos, encaminhados pelos Correios em cédulas lacradas, são contados após o encerramento da votação, na Capital.

Marcelo Ferra de Carvalho tem 38 anos e ingressou no Ministério Público em 1995. O promotor, antes de assumir o cargo de procurador-geral, já exerceu os cargos de secretário-executivo do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf), coordenador da área criminal do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça (Caop) e presidente da Associação Mato-grossense do MP por dois mandatos.

Ferra defende maior espaço de tempo para concretizar alguns avanços. “No tocante à estruturação das promotorias, pretendemos em um segundo mandato a realização de concurso para servidores, a construção de nova sede das promotorias de justiça em algumas cidades, a reforma e ampliação da sede das promotorias de justiça em outras e a ampliação do prédio das procuradorias de justiça”, disse o procurador-geral.

Roberto Aparecido Turin tem 45 anos e ingressou no MP em 1993. Ele já exerceu os cargos de coordenador do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), coordenador das promotorias de justiça de Defesa da Probidade Administrativa e do Patrimônio Público.

Apesar de pontuar que o MP vive um bom momento no aspecto físico e estrutural, Turim critica o que chama de “tempo de desmotivação institucional”. “Pouco se discute internamente acerca dos interesses institucionais, dos caminhos para o Ministério Público no futuro, da qualidade, eficiência e eficácia de nosso trabalho. Vejo a necessidade de motivação. Sinto que a interação do MP com a sociedade anda meio apática, desanimada”, avaliou o promotor, que também defende a realização de concurso e licitações para serviços técnicos de apoio especializado.

De acordo com a Lei Orgânica do Ministério Público, o mandato do procurador-geral de justiça tem a duração de dois anos, sendo permitida uma recondução. O processo eleitoral vem sendo conduzido por uma comissão presidida pelo procurador de justiça José Basílio Gonçalves, com a participação das promotoras Rosana Marra e Sasenazy Soares Rocha Daufenbach.






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