Suplente de Taques declara sofrear ameaça para renunciar a vaga
O primeiro-suplente do senador eleito Pedro Taques (PDT), José Antônio Medeiros (PPS), declarou, durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (6) em Rondonópolis, que vem sofrendo ameaças de morte de pessoas ligadas ao segundo suplente da chapa, empresário Paulo Fiúza (PV). Ele disse ter resolvido tornar público o caso ao temer pela segurança de sua família.
Medeiros, que é policial rodoviário federal, alega estar sofrendo pressão 15 dias após a eleição, no sentido de que renuncie a primeira-suplência. Relatou ainda ter sido procurado por advogados de Pedro Taques e, em seguida, por advogados do próprio Fiúza, foi quando a situação se tornou mais crítica.
Na última sexta-feira (3), durante uma reunião em Cuiabá, “o clima esquentou” e Medeiros foi ameaçado por um dos advogados. “Ele falou que eu deveria assinar o documento ou levava um tiro na cara”, contou. Nos últimos 30 dias disse que ainda recebeu ameaças que diziam “você está andando num terreno perigoso”, destacou o suplente.
Também na sexta-feira, Medeiros assinou uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reconhecendo que houve erro no registro dos suplentes de Taques. Conforme explicou Medeiros, Fiúza deveria ter sido registrado como primeiro suplente no lugar de Zeca Viana (PDT) e o policial ficaria na segunda suplência do cargo. No entanto, por questões de prazo e segundo ele, porque a coligação não acreditava na eleição de Taques, acabaram fazendo o registro da forma como está.
Medeiros afirmou que o senador eleito está muito chateado com a situação e que isso tem atrapalhado a construção do projeto de Taques para o Senado Federal. “Ele deve estar muito chateado comigo também porque abri tudo para a imprensa, mas não tenho nada a esconder. O que eu não quero é que fique parecendo briga por cargo político, já assinei o que me pediram. Está parecendo briga de filho por herança de pai vivo”, frisou.
O suplente destacou ainda que apesar das ameaças não partirem diretamente de Fiúza, mas por pessoas ligadas a ele, ainda assim teme pela segurança de sua família, que também esteve na coletiva. “Quando demoro um pouco mais para chegar em casa minha esposa fica temerosa”, contou. Medeiros procurou a Polícia e também está recebendo apoio de companheiros da política para a sua segurança e de sua família.
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