Mais da metade da população analfabeta do país está na região Nordeste. Sul e Sudeste apresentaram taxas de 4,4% e 4,8%, respectivamente
Analfabetismo para de cair e tem ligeira alta, segundo IBGE
Em relação aos dados regionais, em 2012, as regiões Sul e Sudeste apresentaram taxas de analfabetismo de 4,4% e 4,8%, respectivamente, tendo a região Sudeste mantido a mesma taxa que no ano anterior. Na região Centro-Oeste, a taxa foi de 6,7%. Na região Norte, o índice é de 10,0%.
A região Nordeste registrou taxa de analfabetismo de 17,4% entre as pessoas de 15 anos ou mais de idade em 2012, 0,5 ponto percentual acima da taxa de 2011 (16,9%). O Nordeste concentra mais da metade (54%) do total de analfabetos de 15 anos ou mais de idade do Brasil, um contingente que somava 7,1 milhões de pessoas. Mas analisando a evolução em 8 anos, a maior queda da taxa de analfabetismo foi verificada na região Nordeste, de 5,1 pontos percentuais (22,5%, em 2004, para 17,4%, em 2012).
No Centro-Oeste a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade passou de 6,3% em 2011 para 6,7% em 2012, o que também não foi estatisticamente significativo. No Brasil, a taxa foi estimada em 8,7%, frente a 8,6% em 2011 e 11,5% em 2004. Em 2012, havia no país 13,2 milhões de analfabetos com 15 anos ou mais de idade.
A taxa de analfabetismo no país tem se mostrado maior nos grupos de idades mais elevadas em todas as regiões. Entre aqueles que tinham de 15 a 19 anos de idade, a taxa foi de 1,2%, contra 1,6% entre os de 20 a 24 anos, 2,8% no grupo de 25 a 29 anos, 5,1% de 30 a 39 anos, alcançou 9,8% para as pessoas de 40 a 59 anos e foi de 24,4% entre os com 60 anos ou mais de idade.
Ainda de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), diminuiu o número de brasileiros que não tem nenhuma instrução ou menos de um ano de estudo entre 2011 e 2012. Em 2011, 11,5% da população, o equivalente a 19,1 mihões de pessoas de 10 anos ou mais de idade se encaixam neste perfil. Um ano depois, a situação melhorou um pouco: as pessoas com até um ano de instrução representam 9% da população ou 15,1 milhão.
O estudo investiga dados sobre população, migração, educação, emprego, família, domicílios e rendimento. Foram ouvidas 362.451 pessoas em 147.203 domicílios. Segundo o IBGE, a população residente em 2011 no país era de 196,9 milhões.
Os maiores índices de pessoas de 10 anos ou mais de idade sem instrução se concentram na região Nordeste, seguida por Sudeste. Confira os números na tabela abaixo:
Pessoas sem instrução ou com menos de um ano de estudos |
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Norte | Nordeste | Sudeste | Sul | Centro-Oeste | Brasil | |
2011 | 1.863.000 | 8.636.000 | 5.594.000 | 1.781.000 | 1.300.000 | 19.173.000 |
2012 | 1.385.000 | 7.082.000 | 4.268.000 | 1.335.000 | 1.058.000 | 15.128.000 |
Fonte: Pnad 2012/ IBGE |
A pesquisa aponta também uma diminuição na taxa de analfabetismo funcional, representada pela proporção de pessoas de 15 anos ou mais com menos de quatro anos de estudo. Caiu de 20,4% (2011), para 18,3% (2012). No ano passado foram contabilizados 27,8 milhões de pessoas nestas condições.
Em contrapartida à ligeira recuperação nas taxas de brasileiros com pouco ou nenhum estudo, o índice de analfabetismo entre pessoas com 25 anos ou mais aumentou. Subiu de 10,6% em 2011 para 10,7% em 2012.
Ensino superior
O percentual de pessoas com nível superior completo aumentou de 11,4%, em 2011, para 12,0%, em 2012. Assim, em 2012, havia 14,2 milhões de pessoas com nível superior completo, 6,5% a mais que em 2011.
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