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Saúde
Quarta - 08 de Dezembro de 2010 às 07:31
Por: Dhiego Maia

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Médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da Grande Cuiabá decidiram que não vão entrar em greve. Uma assembleia realizada ontem à noite na sede do Sindicato do Médicos de Mato Grosso (Sindimed) entre a categoria e representantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES) colocou fim ao impasse.

Os médicos reivindicavam o dobro do salário, hoje em R$ 4 mil, já que desempenhavam as funções de socorrista e médico regulador. Por lei, os médicos do Samu só poderiam realizar a regulação da internação dos pacientes em trauma.

Segundo a assessoria de imprensa do Sindimed, o secretário-adjunto de saúde, Vander Fernandes, deu uma contra-proposta salarial de R$ 5.157,30 e a garantia dos adicionais de insalubridade (R$ 476,62), periculosidade (R$ 1,547,19) e noturno (R$ 450). No total, pela proposta da SES, o salário dos médicos do Samu se aproxima dos R$ 8 mil. Em assembleia, a contraproposta foi aprovada por todos os médicos do Samu e será encaminhada ainda hoje para a Casa Civil. De lá, seguirá para votação na Assembleia Legislativa e, em seguida, para sanção do governador do Estado, Silval Barbosa.

Outra reivindicação da categoria está na realização de concurso público. Comissionados, os médicos do Samu não possuem nenhuma estabilidade na carreira e não recebem nenhum outro benefício trabalhista, além da remuneração salarial para trabalhar em dois plantões semanais de 12 horas cada.

De acordo com o presidente do Sindimed, Edinaldo Lemos, os médicos estão suscetíveis a demissões a qualquer hora. Anteontem, ele disse que a realização de concurso público iria acabar com o problema. “A gente quer que se faça concurso público para selecionar os melhores profissionais para atender à população e criar estabilidade na carreira”, enfatizou.

Na assembleia realizada ontem ficou garantido que o Samu será ampliado em várias cidades mato-grossenses. Só na Grande Cuiabá serão contratados mais nove médicos, porém, sem a realização de concurso público. De acordo com a assessoria de imprensa do Sindimed, a ampliação do Samu “será uma medida paliativa até que se faça um concurso público”.

OUTRO LADO – O diretor do Samu, Daúde Abdala, disse que sempre estará aberto ao diálogo e que espera dos médicos um projeto para criação do concurso público. Daúde também disse que a nova sede do Samu ficará pronta em janeiro de 2011. O diretor informou que o Samu da Grande Cuiabá foi criado para atender 1,1 milhão de pessoas em 11 municípios da Baixada, mas acaba atendendo 900 mil. Daúde garantiu que a expansão do serviço será acompanhada de novas contratações.






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