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Política
Quarta - 08 de Dezembro de 2010 às 12:16

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O ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, confirmou nesta quarta-feira que o governo Dilma Rousseff fará uma nova política industrial.

A mudança em relação à primeira PDP (Política de Desenvolvimento Produtivo), lançada em 2008, é que haverá exigência de contrapartidas para as desonerações tributárias que os setores receberão.

Segundo Jorge, as indústrias beneficiadas terão que obedecer metas de emprego, preços e investimentos em inovação tecnológica.

"Houve um erro do governo nisso. Tem que ter contrapartidas para desonerações tributárias. Nós não discutimos isso [na primeira política industrial]", afirmou o ministro em um café da manhã, em clima de despedida do ministério.

Os principais setores beneficiados, de acordo com o ministro, serão os que geram mais empregos, além da infraestrutura e bens de capital (máquinas e equipamentos).

Jorge acrescentou que o projeto da nova PDP será entregue ao próximo ministro do Desenvolvimento pela equipe atual. As propostas terão que ser discutidas no próximo governo. Mas Jorge acredita que a presidente eleita levará a nova política industrial adiante porque, segundo ele, ela era uma entusiasta do assunto quando ocupava a Casa Civil.

Miguel Jorge já sabe que não será mantido no ministério. Ele evitou confirmar a provável indicação do petista Fernando Pimentel para o cargo, mas comentou que será um bom nome para o cargo, se confirmado.

DESINDUSTRIALIZAÇÃO

Miguel Jorge afirmou que discorda de um documento interno do ministério que alerta para os riscos de desindustrialização. Ele disse que alguns setores estão sofrendo com a crise e o real valorizado, mas não é uma situação generalizada.

"É possível que alguns setores desapareçam. Isso é natural em um processo de abertura comercial", disse, acrescentando que o câmbio gera distorções no comércio mundial.

Jorge argumentou que não é possível falar em desindustrialização sendo que nos últimos quatro anos a indústria brasileira investiu US$ 130 bilhões, contra apenas US$ 60 bilhões no primeiro mandato do presidente Lula. 






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